O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em uma reunião emergencial convocada pela Comunidade do Caribe (Caricom), realizada em Kingston, na Jamaica, declarou nesta segunda-feira (11) a expectativa de progresso na crise de segurança e humanitária que enfrente o Haiti.

Blinken destacou a importância crucial do momento para o Haiti, que vem enfrentando uma escalada de violência entre gangues e grupos armados ameaçando derrubar o governo do impopular primeiro-ministro Ariel Henry.

Departamento de Estado americano propõe aceleração de transição política

O Departamento de Estado americano informou, através de comunicado, que Blinken e a Caricom estão discutindo uma proposta que visa acelerar uma transição política no Haiti. Essa transição seria concretizada através da criação de um colégio presidencial amplo e independente.

Entretanto, o comunicado não detalhou a proposta nem mencionou as identidades das partes interessadas haitianas.

Missão multinacional da ONU para restaurar a segurança

Blinken também participou de uma discussão a respeito da missão multinacional aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujo objetivo é restaurar a segurança no Haiti e será liderada pelo Quênia.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, declarou que os EUA estão em busca de acelerar o envio da missão, a qual foi solicitada pelo primeiro-ministro do Haiti em 2022.

Conselho presidencial deve ser estabelecido para apontar novo primeiro-ministro

A primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, afirmou em entrevista coletiva que as partes interessadas haitianas, embora não mencionadas especificamente, concordaram em grande parte que um conselho presidencial deve ser estabelecido com urgência. Este conselho indicaria um novo primeiro-ministro e formaria um governo.

Além disso, também seria necessário criar um conselho eleitoral provisório, o qual excluiria indivíduos que participariam futuramente nas eleições.

Primeiras eleições desde 2016 no Haiti podem ser realidade

Uma autoridade sênior do Departamento de Estado afirma que funcionários do governo americano têm colaborado com países da região para estabelecer um comitê de transição. Este seria responsável por supervisionar a força multinacional aprovada pela ONU e abriria caminho para a realização das primeiras eleições no Haiti desde 2016.