Quase dois anos após seu falecimento, uma seleção rara de fotografias nunca antes vistas da Rainha Elizabeth II será exibida em uma nova exposição no Palácio de Buckingham. A mostra intitulada “Retratos Reais: Um Século de Fotografia”, oferece um olhar íntimo sobre vários momentos marcantes e pessoais da família real britânica ao longo das décadas.

O legado fotográfico de uma rainha

A exposição, que foi inaugurada nesta semana na Galeria do Rei, abrange mais de 150 itens que incluem desde provas de coroação até retratos pessoais tirados pelos fotógrafos mais influentes da família real. Dentre esses itens, destaca-se uma comovente fotografia de 1964, capturando a Rainha com seu filho mais novo, o Príncipe Edward, ao lado de membros femininos da realeza e seus bebês.

Essa e outras imagens, capturadas pelo renomado Antony Armstrong-Jones, ou Lorde Snowdon, oferecem uma visão única dos laços familiares e dos momentos privados da realeza. A exposição não só celebra a vida de Elizabeth II, mas também destaca o desenvolvimento da fotografia no contexto real.

Renomados fotográfos e momentos históricos capturados

Fotógrafos como Cecil Beaton, que documentou a família real por seis décadas, têm obras significantes na exposição. Beaton capturou desde cenas de destruição causadas por bombas durante a guerra até momentos mais íntimos da família, como as provas de coroação de 1953. Além de Beaton, fotógrafos contemporâneos como Annie Leibovitz e Rankin também contribuíram com suas visões artísticas, enriquecendo o acervo da Coleção Real.

Como a fotografia reflete mudanças culturais e pessoais?

Ao longo do século, a função da fotografia na família real evoluiu de puramente documental para se tornar uma forma de arte íntima e reveladora. A exposição não apenas documenta eventos significativos, mas também mostra como a fotografia foi usada para moldar a imagem pública da monarquia e refletir mudanças na sociedade britânica ao longo do tempo.

Por exemplo, a fotografia colorida mais antiga da exposição, tirada em 1935 por Madame Yevonde, mostra uma técnica pioneira na época e destaca a continuidade e a mudança dentro da própria instituição real.

Impacto da exposição e importância histórica

Segundo o curador Alessandro Nasini, a “Coleção Real contém algumas das fotografias mais antigas já tiradas da Família Real”. Esta exposição proporciona uma oportunidade incomparável de ver de perto as técnicas fotográficas que evoluíram ao longo dos anos e os momentos privados de uma das famílias mais observadas do mundo.

Ao preservar esses momentos através da fotografia, a exposição não só mantém viva a memória da Rainha Elizabeth II, mas também serve como um registro visual imprescindível das mudanças culturais e pessoais vivenciadas pela família real ao longo do século XX e XXI.