O Vaticano encerrou nesta sexta-feira o velório do Papa Francisco, com a cerimônia de fechamento de seu caixão, realizada no Altar da Confissão da Basílica de São Pedro. O rito, presidido por Kevin Farrell, cardeal camerlengo, incluiu a inserção do “rogito” – documento que resume os momentos mais significativos do pontificado de Francisco, destacando sua luta contra abusos na Igreja, visitas a prisões e centros de acolhida, e seu compromisso com o diálogo inter-religioso.

Durante os três dias de velório, mais de 250 mil fiéis passaram pela Basílica para prestar suas últimas homenagens. O funeral está marcado para este sábado, às 10h (horário local), na Praça de São Pedro, com a presença de delegações de 146 países, incluindo 110 chefes de Estado e de Governo. Após a cerimônia, o corpo será trasladado em cortejo fúnebre até a Basílica de Santa Maria Maior, onde será sepultado sob uma lápide de mármore com a inscrição “Franciscus”.​

A segurança para o evento será reforçada com milhares de agentes e voluntários, devido à expectativa de grande número de fiéis. Entre os convidados, o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou há pouco em Roma. Lula e comitiva brasileira já estão na cidade.

Na vida e na morte, a opção pela simplicidade

O Papa Francisco havia expressado o desejo de um funeral simples, rompendo com tradições seculares. Ele optou por ser enterrado em um caixão de madeira revestido de zinco, em vez dos tradicionais três caixões de cipreste, chumbo e carvalho. Além disso, solicitou que seu corpo não fosse exposto em uma plataforma elevada, como era costume, mas permanecesse dentro do caixão durante as homenagens.

A escolha do próprio Papa pela sobriedade dos ritos e relativa modéstia da cerimônia de sepultamento simboliza um pontificado marcado pela humildade do jesuíta com o espírito do franciscano, comprometido com os pobres e marginalizados, esperançoso de uma Igreja mais aberta à periferia do mundo.

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