Crusoé: Xeque do Hezbollah que radicalizava brasileiros é eliminado
Hassan Ali Abu Haya ensinava jovens e crianças brasileiros a versão militante e iraniana do islamismo xiita
O xeque Ali Hassan Abu Haya (foto), do grupo terrorista Hezbollah, foi neutralizado esta semana durante os ataques israelenses ao Líbano.
Abu Hayya (Abu Raya, Abu Hayya, dependendo da fonte) trabalhou no Colégio Islâmico Brasileiro e na Mesquita do Brás, em São Paulo, por cinco anos, entre 2006 e 2011.
“Abu Haya ensinava crianças e jovens brasileiros a versão iraniana e militante do islamismo xiita“, diz o pesquisador italiano Emanuele Ottolenghi, especialista em Hezbollah na Fundação para a Defesa das Democracias (FDD).
“Como um clérigo trabalhando para o Hezbollah no departamento internacional, sua função era ir até comunidades xiitas ao redor do mundo, como no Canadá e no Brasil, para convencer as pessoas a apoiar o grupo terrorista e o Irã“, diz Ottolenghi. “Nas escolas, ele ensinava uma visão de mundo alinhada com o Hezbollah e a teocracia iraniana.”
“Outra de suas funções era melhorar a cooperação entre as comunidades xiitas no exterior e o Hezbollah, no Líbano. Isso incluía contribuir para o financiamento do grupo e coordenar eventos em apoio à organização“, diz Ottolenghi.
Alunos no Brasil
Manifestações de luto pelo “martírio” de Abu Haya proliferaram nas redes sociais brasileiras nos últimos dias.
A Mesquita do Brás, em São Paulo, realizou uma vigília em sua homenagem.
“Em meio aos conflitos no Oriente Médio, hoje recebi a triste notícia do martírio do meu mestre, a pessoa que me abriu as portas para estudar e ser alguém, também que cuidou de mim e me defendeu a todo momento, Sheikh Ali Abou Raya“, escreveu nas redes sociais na quarta, 25, Rodrigo Jalloul.
Ex-aluno de Hayya, Rodrigo Jalloul é candidato a vereador em São Paulo nestas eleições. Uma de suas principais bandeiras é a defesa da causa animal.
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