Crusoé: Sai da frente, ONU
Ao entrar no Líbano, Israel volta a se decepcionar com a organização que deveria promover a paz
Na guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, os israelenses primeiro se desapontaram com a Agência da ONU para os Refugiados, a UNRWA. As escolas da instituição eram usadas como armazém e refúgio para os terroristas e seus professores promoviam o ódio a Israel nas redes sociais. Na guerra contra o grupo terrorista Hezbollah no sul do Líbano, o desânimo agora é com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, na sigla em inglês). Foram encontrados túneis, trilhas, alojamentos e armamentos do Hezbollah a poucos metros dos quartéis da Unifil. Os soldados dessa missão de paz da ONU viram os terroristas preparando um ataque a Israel e não esboçaram qualquer reação.
Nos últimos dias, altercações entre militares israelenses e soldados da Unifil foram frequentes. No domingo, 13, dois tanques entraram em um quartel da ONU. As Forças de Defesa Israel (FDI) alegaram que a manobra foi necessária porque os israelenses estavam sendo atacados por terroristas armados com mísseis antitanque, e precisavam resgatar soldados feridos. Os veículos permaneceram por 45 minutos no complexo e saíram em seguida. Nos vários momentos de tensão, membros da Unifil ficaram feridos e precisaram de atendimento médico.
Como países europeus que integram a Unifil reclamaram, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu mandou uma mensagem pública: “Israel tem o direito de se defender contra o Hezbollah e continuará fazendo isso. Lamentamos qualquer dano que possa acontecer ao pessoal da Unifil. As Forças Armadas israelenses estão fazendo o melhor para evitar tais incidentes. No entanto, a melhor maneira de garantir a segurança do pessoal da Unifil é que a Unifil responda ao pedido de Israel e se afaste temporariamente das áreas de perigo.”
Unifil tem medo do Hezbollah
Entre os motivos para que a Unifil não faça nada contra o Hezbollah está o medo. Os 10 mil soldados de 50 países, incluindo o Brasil, que integram essa força sabem que seriam triturados caso aparecessem no caminho do Hezbollah. “Basicamente, eles não têm vontade de fazer alguma coisa. Eles têm medo do Hezbollah, que simplesmente os mataria se tentassem algo. Há muitos casos de xiitas libaneses e terroristas do Hezbollah atacando as forças da Unifil. Então, eles estão lá, mas não fazem nada”, diz o escritor israelense Adi Schwartz, autor do livro A Guerra do Retorno, sobre a UNRWA.
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