Crusoé: Rede global financia guerras do Irã e dribla sanções dos EUA
A China compra 95% do petróleo exportado pelo Irã, sendo essencial para a manutenção do esquema
Investigação da revista The Economist revelou como o Irã movimenta bilhões de dólares em vendas ilegais de petróleo para financiar suas atividades militares, apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos.
O país continua exportando grandes quantidades de petróleo, cujas receitas são usadas para financiar grupos como Hamas e Hezbollah, além de apoiar seu programa nuclear. As exportações geram entre US$ 35 bilhões e US$ 50 bilhões anualmente, além de outros US$ 20 bilhões com produtos petroquímicos.
O Irã desenvolveu uma rede de empresas de fachada e navios “fantasmas”, que disfarçam a origem do petróleo, movimentando recursos por centros financeiros globais como Hong Kong e Dubai. Embora as sanções dos EUA sejam severas, a China desempenha papel fundamental nesse esquema, sendo o maior comprador de petróleo iraniano.
O petróleo é um recurso estratégico essencial na geopolítica global. O caso do Irã exemplifica como países sancionados conseguem manter suas exportações, apesar das restrições, impactando diretamente o equilíbrio global de poder.
Desde a imposição das sanções dos EUA, as exportações de petróleo do Irã aumentaram significativamente. Em setembro de 2023, o país exportava 1,8 milhão de barris de petróleo por dia. Apesar do embargo, o Irã utiliza uma rede complexa de petroleiros e empresas de fachada para burlar as sanções e movimentar bilhões de dólares.
Essas operações incluem transbordos em alto-mar e o uso de documentos falsos para ocultar a origem do petróleo. Bancos em países como China e Emirados Árabes são utilizados para processar esses pagamentos, permitindo que o Irã contorne as sanções e financie suas atividades militares.
A China compra 95% do petróleo exportado pelo Irã, sendo essencial para a manutenção do esquema.
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