Crusoé: Raoni perdeu seu monopólio no Brasil, mas nunca na França Crusoé: Raoni perdeu seu monopólio no Brasil, mas nunca na França
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Crusoé: Raoni perdeu seu monopólio no Brasil, mas nunca na França

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3 minutos de leitura 27.03.2024 11:37 comentários
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Crusoé: Raoni perdeu seu monopólio no Brasil, mas nunca na França

Indígena é apoiado por ONGs francesas, por Emmanuel Macron e já pediu ajuda para tirar Jair Bolsonaro da Presidência da República

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Crusoé: Raoni perdeu seu monopólio no Brasil, mas nunca na França
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O cacique Raoni Metuktire, do povo caiapó, está no meio da polarização política brasileira. Em 2019, ele foi criticado por Jair Bolsonaro em seu discurso na ONU. O então presidente disse que o cacique não representava os indígenas: “Acabou o monopólio do Sr. Raoni“. Quatro anos depois, ele subiu a rampa do Palácio do Planalto na posse de Lula. Na França, contudo, Raoni sempre foi uma celebridade e nunca perdeu seu monopólio.

O presidente da França, Emmanuel Macron (na foto, com Lula e o indígena na Amazônia), condecorou Raoni nesta terça, 26, com o título de cavaleiro da Legião de Honra, a mais alta distinção francesa. Macron até publicou um vídeo do momento nas suas redes sociais. “Caro Raoni, por seu trabalho, sua luta incansável, por você, seu povo, por toda a Amazônia e seus povos indígenas: mejkumrej, obrigado“, escreveu Macron na publicação do vídeo.

Em outra postagem, Macron fez novos elogios: “Só podemos honrar as almas livres permanecendo fiéis a elas, seguindo seus passos. Com você, caro Raoni, eu me comprometo: a França estará sempre ao lado daqueles que vivem na Amazônia e daqueles que lutam por ela“.

A condecoração mostra que a legitimidade de Raoni, contestada no Brasil, nunca esteve em dúvida na França.

Raoni é apoiado pela ONG francesa Planète Amazone, cujo objetivo é apoiar os “povos indígenas, especialmente aqueles da Amazônia, em seu combate internacional contra o desmatamento“. O índio sempre teve livre trânsito no governo francês e já se encontrou com Macron em Paris.

Em contraste com as lideranças indígenas apoiadas por ONGs internacionais, Jair Bolsonaro prometeu valorizar os indígenas que querem se desenvolver com o resto do país.

No seu primeiro discurso na ONU, em 2019, Bolsonaro afirmou: “A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia. Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas. O Brasil agora tem um presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da chegada dos portugueses. O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terras ricas. Especialmente das terras mais ricas do mundo. É o caso das reservas Ianomâmi e Raposa Serra do Sol. Nessas reservas, existe grande abundância de ouro, diamante, urânio, nióbio e terras raras, entre outros“.

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