Crusoé: PT se prepara para endossar reeleição de Putin
O partido de Lula foi convidado pelo partido de Putin para acompanhar a eleição presidencial da Rússia em março
O partido Rússia Unida, que apoia o presidente russo Vladimir Putin, convidou o PT para acompanhar a eleição presidencial do país.
Marcado para acontecer entre 15 e 17 de março, o pleito deve reeleger Putin sem dificuldades, já que as autoridades eleitorais russas, próximas ao Kremlin, têm barrado as candidaturas dos opositores mais proeminentes do autocrata. Um deles, Alexei Navalny, morreu em uma colônia penal na Sibéria no dia 16 de fevereiro.
Segundo a Folha de S.Paulo, caberá ao secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira, a missão de representar o partido em Moscou. No primeiro semestre de 2023, o dirigente petista foi à Rússia participar de um encontro sobre o “neocolonialismo” ocidental, organizado pelo partido de Putin.
Romênio é conhecido por endossar eleições fajutas de outras ditaduras.
Em dezembro de 2020, ele e Gleisi Hoffmann afirmaram que a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela, sem oposição, foi uma “resposta democrática a esta política de bloqueio (americano), que visa a atingir o governo constitucional do país“.
Em novembro de 2021, o mesmo Romênio Pereira divulgou a nota “Saudação às eleições nicaraguenses“, que segundo ele confirmaram “o apoio da população a um projeto político que tem como principal objetivo a construção de um país mais justo e igualitário“. Sete pré-candidatos da oposição foram presos e dois fugiram para o exílio.
O sexto mandato de Putin
No poder desde 1999, Vladimir Putin deve alcançar seu sexto mandato em março.
Nem no breve período em que simulou algum apreço pela democracia — quando seu vice Dmitri Medvedev assumiu a presidência, entre 2008 e 2012 — o presidente eterno deixou de dar as cartas.
Esta será a primeira eleição que Putin concorrerá desde que um plebiscito que, em 2020, autorizou mudanças na Constituição que o permitem concorrer novamente, mantendo-se no poder potencialmente até os 84 anos. Esse também será o primeiro pleito desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 2022.
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