A imprensa mexicana revelou nesta quarta-feira, 31 de janeiro, que autoridades americanas identificaram ligações financeiras entre o atual presidente do México, Andrés Manuel López Obrador (foto) e o Cartel de Sinaloa.

O caso foi revelado pela jornalista Anabel Hernández.

Segundo investigações da procuradoria federal do distrito sul de Nova York e a agência americana de combate ao narcotráfico em 2010 e 2011, López Obrador tinha recebido dinheiro do cartel em sua campanha presidencial em 2006.

Quanto foi pago, segundo as investigações?

O aporte teria sido de 2 a 4 milhões de dólares. AMLO, como é conhecido o hoje presidente do México, nega as acusações.

“É completamente falso, é uma calúnia”, disse López Obrador, quando questionado sobre a reportagem em sua coletiva de imprensa matinal regular nesta quarta.

“Não há provas. São caluniadores vis”, acrescentou.

A campanha de AMLO notificou às autoridades eleitorais em 2006 um gasto de 616,15 milhões de pesos mexicanos, o que equivalia a cerca de 55 milhões de dólares na época.

Quem estava envolvido nas investigações?

Segundo as investigações das autoridades americanas, o principal representante do Cartel de Sinaloa no aporte eleitoral foi o narcotraficante Arturo Beltrán Leyva.

As negociações entre a organização criminosa e a campanha foram conduzidas por um dos principais associados de Beltrán Leyva, Edgar Valdez Villareal, também conhecido como La Barbie.

Quem recebeu o dinheiro em nome de AMLO foi o chofer pessoal do político, Nicolás Mollinedo. Ele trabalhou para o hoje presidente entre 2000 e 2014.

Que registros os americanos obtiveram?

As autoridades americanas obtiveram relatórios confidenciais e gravações de áudios de integrantes da organização criminosa e do círculo interno do então candidato, que veio a ser eleito presidente apenas no pleito de 2018.

Dentre esse material, está o registro de uma conversa telefônica entre AMLO e La Barbie de 15 de junho de 2006, ao final da campanha presidencial daquele ano.

Nessa conversa, AMLO…

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