Crusoé: “O que o Brasil deixou de aprender com a Alemanha?”
"Quando o jovem Karl Marx e colegas de esquerda se cansaram da censura prussiana e decidiram partir para o exílio na França, na Bélgica e no Reino Unido, eles não estavam tão oprimidos pela repressão da polícia quanto obcecados pela visão de uma Alemanha dividida e muito atrás, economicamente falando, da pujante Grã-Bretanha", lembra Paulo Roberto de Almeida...
“Quando o jovem Karl Marx e colegas de esquerda se cansaram da censura prussiana e decidiram partir para o exílio na França, na Bélgica e no Reino Unido, eles não estavam tão oprimidos pela repressão da polícia quanto obcecados pela visão de uma Alemanha dividida e muito atrás, economicamente falando, da pujante Grã-Bretanha”, lembra Paulo Roberto de Almeida, na Crusoé desta semana.
“De fato, a Alemanha da primeira metade do século 19 era o próprio símbolo daquilo que os ideólogos da Unicamp chamariam, no seguimento de Leon Trótski e outros epígonos, de capitalismo tardio, uma ‘maldição’ que também atingia, ao que parece, o Brasil da primeira metade do século 20. Pouco depois, graças a List e outros ‘desenvolvimentistas’ prussianos, entre os quais o próprio Otto von Bismarck, a Alemanha unificada deslanchou sua “revolução pelo alto’, o que a fez ultrapassar a Grã-Bretanha ainda antes do final do século 19.”
“O Brasil não conseguiu igualar tal feito, e só enveredou pela segunda revolução industrial quando o capitalismo avançado já estava na quarta, mesmo tendo tido vários generais e intelectuais bismarckianos na condução de seu ‘desenvolvimentismo’ tardio.”
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