Crusoé: Itamaraty “saúda” países europeus por reconhecimento do Estado palestino
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores disse que a decisão de Espanha, Irlanda e Noruega "constitui notável avanço histórico"
O Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta quarta-feira, 29, que o governo brasileiro “saúda” Espanha, Irlanda e Noruega por reconhecerem o Estado da Palestina.
Em comunicado, o Itamaraty disse que a decisão “constitui notável avanço histórico que contribui para responder aos anseios de paz, liberdade e autodeterminação daquele povo”.
“Ao exortar todos os demais países que ainda não o fizeram a reconhecer a Palestina como um Estado soberano, o Brasil reafirma a defesa da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, acrescentou.
Além de Espanha, Noruega e Irlanda, outros 142 países reconhecem o Estado da Palestina, incluindo o Brasil, que o fez em 2010.
Espanha, Noruega e Irlanda
Após anúncio conjunto na semana passada, Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram na terça, 28, a soberania do Estado da Palestina, como uma forma de pressionar Israel a encontrar uma solução para a Faixa de Gaza após o encerramento da ofensiva militar contra os terroristas do Hamas.
A decisão foi alvo de críticas do governo israelense, que defende que qualquer conversa sobre dois Estados neste momento é uma forma de premiar o Hamas pelo ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.
O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, ordenou a retirada imediata de seus embaixadores de Espanha, Irlanda e Noruega.
“A história recordará que Espanha, Noruega e Irlanda decidiram atribuir uma medalha de ouro aos assassinos do Hamas que violaram adolescentes e queimaram bebês”, disse Katz.
“Israel não vai deixar isso acontecer – sua medida terá sérias consequências”, acrescentou.
“Prêmio pelo terrorismo”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a decisão dos países europeus como “prêmio pelo terrorismo”.
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