Crusoé: Governo Lula poupa terroristas ao falar em “partidos” e “escritório político”
Brasil se nega a mencionar que Hamas e Hezbollah são grupos terroristas, com a desculpa de que segue a lista do Conselho de Segurança da ONU
Em suas notas sobre o Oriente Médio, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Itamaraty, nunca se refere ao Hamas e ao Hezbollah por aquilo que são: grupos terroristas.
Nesta quarta, 31, duas notas oficiais mostram essa mesma dificuldade em dizer o óbvio.
Às 10 horas e 58 minutos, o Itamaraty publicou uma nota dizendo que “o Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah“.
É verdade que o Hezbollah também tem um partido político, mas é hipócrita dizer que Israel está atacando “um braço armado do partido libanês“.
Israel está atacando um grupo terrorista, que lançou diversos mísseis e foguetes contra seu território, matando inocentes e crianças.
São os atos que definem os grupos, assim como as pessoas. Se um padeiro mata um assistente, essa pessoa não deve ser tratada pela imprensa como “padeiro“, e sim como “assassino“, porque sua ação violenta se sobrepõe à sua profissão. Caso um futuro empregador pense em recrutá-lo, ele certamente gostaria de saber não das suas aptidões técnicas, e sim do seu comportamento em relação aos colegas.
Às 13 horas e 9 minutos, o Itamaraty divulgou outra nota, comentando a neutralização do terrorista Ismail Haniyeh, do Hamas, em Teerã.
“O governo brasileiro condena veementemente o assassinato do chefe do Escritório Político do Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrido hoje, 31/7, em Teerã”, diz o segundo texto.
Não há qualquer menção ao fato de que o Hamas é um grupo terrorista…
Siga a leitura em Crusoé. Assine e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)