Crusoé: EUA se irritam com proibição das Maldivas a israelenses
Nação minúscula e paradisíaca no oceano Índico, as Maldivas baixaram regra como retaliação à guerra com o Hamas
A República das Maldivas anunciou, nesta semana, que passará a proibir cidadãos com o passaporte israelense de entrar no país. A minúscula nação insular, ao sul da Índia, é conhecida pelas praias paradisíacas e seria o 28º país a proibir a entrada de israelenses em seu território.
Desta vez, no entanto, a questão ganhou corpo e chegou até o Congresso dos Estados Unidos — que quer convencer o país de 530 mil habitantes do contrário. Um projeto de lei estaria em gestação no Congresso Americano para garantir que o financiamento de Washington ao país só será concretizado se o banimento for suspenso.
A ideia, do parlamentar Josh Gottenheimer (Democrata-Nova Jersey), um dos mais vocais defensores da aliança com Israel no parlamento, foi revelada pelo portal de notícias americano Axios.
No domingo, 2, o presidente maldivo Mohammed Muizzu indicou que tomará a decisão baseada em um pedido do seu gabinete de ministros. O motivo seria a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza — sendo um país de maioria muçulmana, o arquipélago se alinhou quase automaticamente à Palestina.
Quando a Corte Internacional de Justiça julgou que Israel deveria interromper os ataques na região, Muizzu definiu como “indizíveis atos de brutalidade em Rafah”, além de cobrar o respeito às fronteiras originais da Palestina.
O governo do conjunto de ilhas chegou a encaminhar um “enviado para necessidades da Palestina” à região, assim como iniciou uma campanha de contribuição popular para encaminhar roupas e alimentos à comunidade muçulmana na Faixa de Gaza. Foram 11 mil israelenses no país em 2023, menos de 0,6% dos turistas que chegaram ao país.
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