Crusoé: Entenda as acusações feitas contra Sinwar e Netanyahu no TPI
Pedido de prisão assinado pelo procurador do Tribunal Penal Internacional de Haia ainda tem de ser aceito pelos juízes
O procurador britânico Karim Asad Ahmad Khan, que representa casos no Tribunal Penal Internacional da ONU em Haia, apresentou na manhã desta segunda-feira, 20, pedidos de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e contra o líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar (foto). Em lados opostos da guerra na Faixa de Gaza, ambos são acusados de crimes contra a humanidade pelo gabinete do procurador.
O pedido de prisão ainda precisa ser autorizado pelos juízes do tribunal.
Pelo lado israelense, os pedidos atingem Netanyahu e Yoav Gallant, seu ministro da Defesa. Ambos são acusados de causar a fome como método de guerra; causar grande sofrimento e morte intencional; atacar diretamente populações civis; extermínio e/ou assassinato deliberado; perseguição e outros atos inumanos, todos previstos no Estatuto de Roma.
Os crimes estariam acontecendo desde 8 de outubro do ano passado — um dia após os ataques do Hamas na Faixa de Gaza. “Meu gabinete apresenta as evidências que coletamos, incluindo entrevistas com sobreviventes e testemunhas oculares, vídeos autenticados, materiais em foto e vídeo, imagens de satélite e pronunciamentos deste grupo que mostram que Israel intencionalmente e sistematicamente privou a população civil em todo o território de Gaza de objetos indispensáveis à sobrevivência humana”, escreveu Khan.
Arquiteto do ataque que matou mais de 1.200 israelenses no dia 7 de outubro — e que desencadeou a guerra em Gaza, Yahya Sinwar também teve sua prisão requerida por Khan. Além dele, é pedida a busca contra Mohammad al-Masri, chefe das brigadas Al-Qassam, e de Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas que vive exilado no Catar.
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