Ao contrário da última vez em que esteve no Brasil, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov (foto), chegou ao Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, utilizando terno e sapato social.

Em abril de 2023, quando esteve reunido com o presidente Lula e com o chanceler Mauro Vieira, em Brasília, para reforçar os laços entre Brasil e Rússia, o ministro de Vladimir Putin desembarcou usando calça jeans, tênis e jaqueta esportiva, cena que foi vista como sinal do desprestígio da diplomacia petista.

Embora não tenha chegado com um traje despojado, como da última vez, Lavrov está mais do que contente com o Brasil de Lula e Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, que insistem em dizer que a Ucrânia e a Otan tinham alguma culpa pela guerra, deflagrada por Vladimir Putin.

Recentemente, Lula também criticou os que responsabilizam o Kremlin pela morte do opositor Alexei Navalny em uma colônia penal na Sibéria.

Lula e Lavrov devem se reunir novamente na quinta-feira, 22, em Brasília. A expectativa é que eles tratem da invasão russa à Ucrânia, que se prolonga por dois anos.

Lavrov visita alguns velhos amigos

Antes de chegar ao Brasil, Lavrov aproveitou a passagem pela América Latina e fez uma visita a velhos amigos de Putin —Miguel Díaz-Canel Bermúdez, ditador de Cuba, e Nicolás Maduro, ditador da Venezuela.

“Reunião frutuosa e excelente com o Chanceler da Federação Russa, Sergey Lavrov, com quem conversamos sobre as diferentes áreas da relação bilateral entre as nossas nações, reforçando e consolidando todo o mapa estratégico da cooperação integral Rússia-Venezuela. Fraternidade e amizade inquebráveis”, escreveu Maduro na rede social X, antigo Twitter, após o encontro.

“Recebi o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, a quem transmiti as minhas afetuosas saudações ao presidente Vladimir Putin. Trocamos ideias sobre a revitalização das relações bilaterais, sobre temas de interesse comum e assuntos relevantes da agenda internacional”, afirmou Miguel Díaz-Canel.

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