Crusoé: Decifrando o ataque de Irã a Israel
Coreografia de ataque inédito do Irã a Israel envolveu tentativa de distração, mas entendimento que sucesso ao atacar alvos já seria baixa
Os números divulgados no sábado, 13, pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), indicaram que quase 300 “ameaças aéreas” foram lançadas do Irã contra seu território. Uma análise detalhada do arsenal, no centro do inédito ataque de Teerã contra Tel Aviv, ajuda a entender a dinâmica do bombardeio.
Em uma análise divulgada neste sábado, horas após o ataque, o Institute of Study of War (ISW) indicou que os primeiros artefatos lançados foram os drones Shahed-136. Uma aeronave enxuta (3,5 m de tamanho) e barata (custando até 20 mil dólares por unidade), o drone é uma tecnologia própria do Irã, lançada em grande número de uma mesma unidade como um caminhão.
Apesar de alcançar, com uma carga de até 50 kg de explosivos, alvos a até 2.500 km de distância, o drone iraniano é extremamente lento, viajando a cerca de 185 km/h (drones americanos podem chegar a 480 km/h). As imagens dos veículos autônomos cruzando o Iraque, a caminho de Israel, mostram que as forças de Tel Aviv tiveram tempo de sobra para ajustar seus sistemas como o Iron Dome (domo de ferro).
Em seguida, entraram os chamados mísseis de cruzeiro, que são também mais lentos — foram cerca de 30 deles. Se uso, junto aos drones, era o de fadigar e colapsar o sistema de defesa aéreo israelense, permitindo que os mísseis balísticos, a terceira receita do coquetel, entrassem em ação.
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