Crusoé: “De goleiro para goleiro: a relação entre Milei e Chilavert”
Era 1985 quando o paraguaio José Luis Chilavert (foto) chegou para defender as cores do San Lorenzo, um dos mais tradicionais times da capital argentina...
Era 1985 quando o paraguaio José Luis Chilavert (foto) chegou para defender as cores do San Lorenzo, um dos mais tradicionais times da capital argentina. Foi ali, pelo azul, branco e vermelho do time do papa Francisco que o ex-goleiro se aproximou de outro arqueiro, cinco anos mais jovem e ainda na categoria de base. Quando o paraguaio foi para a Espanha em 1988, o argentino já estava na equipe profissional do Chacarita Juniors, da grande Buenos Aires.
Mais de 35 anos depois, Chilavert ainda guarda com carinho suas memórias com aquele que se tornaria o presidente argentino Javier Milei. “Ele me ensinou a enfrentar”, disse o paraguaio ao jornal ABC Color, no início deste mês.
“Fomos goleiros, e nos conhecemos há bastante tempo”, disse o ex-goleiro em entrevista no mês passado à rádio paraguaia, antes da posse do argentino. “Quando começou essa história, seu périplo na política, nos reunimos no bairro de Caballito, em Buenos Aires, e falamos do seu projeto”.
Apesar do apoio, em um primeiro momento “Chila” disse que ambos sofreram com um descrédito. “Muita gente tirava sarro, ‘o que vão fazer esses dois juntos?’…Mas o que fica claríssimo é que as pessoas o elegeram na Argentina porque era um momento claro para mudar do Kirchnerismo.”
Chilavert, famoso por ter marcado mais de 60 gols na carreira, viu seu destino se aproximar novamente de Milei quando ele resolveu entrar na política paraguaia. Em 2022 ele até anunciou que concorreria à presidência pelo seu recém-formado Partido da Juventude.
Acabou com 24.284 votos, ou 0,8%, em último lugar.
Na entrevista à imprensa paraguaia, o ex-goleiro disse que pensaria muito bem na possibilidade de concorrer mais uma vez ao governo de Assunção. Ele, no entanto, ecoou parte do discurso de Milei e de Jair Bolsonaro, ao dizer que não aceitaria o uso de urnas eletrônicas na eleição, por considerá-las fraudadas.
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