Crusoé: Contraponto diplomático
Viagem dos governadores Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas a Israel traz alívio após declarações de Lula e atenua a tensão entre os dois países
A viagem dos governadores Ronaldo Caiado, de Goiás, e Tarcísio de Freitas, de São Paulo, a Israel traz alívio após declarações de Lula e atenua a tensão entre os dois países, diz Crusoé.
“Ao conduzir uma política externa ideológica e partidária, o presidente Lula afastou o Brasil de Israel. Quando comparou a ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto de judeus na Segunda Guerra Mundial, o petista tornou-se persona non grata em Jerusalém. Em seguida, autoridades israelenses passaram a criticar o governo brasileiro em publicações na internet. Lula dobrou a aposta e seguiu acusando o país de genocídio e outros crimes bárbaros em toda oportunidade. Esta semana, a crise bilateral foi atenuada com a visita dos governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ronaldo Caiado, de Goiás, a Israel. Ainda que a viagem não tenha melhorado a relação entre os dois governos, os encontros foram um alívio para brasileiros, israelenses e judeus do mundo todo, que estavam fartos das frases de Lula.”
“A iniciativa de convidar os dois governadores partiu de brasileiros que vivem em Raanana, a 20 quilômetros de Tel Aviv. Foram eles que arcaram com os custos. O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi sondado, mas está impedido de viajar porque seu passaporte foi retido pelo Supremo Tribunal Federal. Com a viagem já acertada, o governo de Israel tomou conhecimento e aproveitou para promover reuniões oficiais com os visitantes. No encontro com o presidente Isaac Herzog, Caiado deu a declaração mais forte: ‘Peço desculpas em nome do meu povo, de nós brasileiros, pelas declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, ao desconhecer totalmente a história, fez uma comparação a mais desastrosa possível agredindo o povo judeu’. Em seguida, os dois estiveram com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Na quarta, 20, eles participaram de um evento e discursaram. ‘Não ao Hamas, não ao Hezbollah, não ao terrorismo. A posição do povo brasileiro nada tem a ver com a de seu presidente’, disse Tarcísio.”
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