Crusoé: Celso Amorim, persona non grata na Venezuela?
O assessor especial de Lula virou alvo da ditadura de Nicolás Maduro após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados
Alinhado ao ditador Nicolás Maduro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, afirmou na quarta-feira, 30, que solicitará ao Parlamento venezuelano que declare o assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim (foto), persona non grata na Venezuela.
“Solicitaremos à sessão plenária da Assembleia Nacional da República Bolivariana da Venezuela que o declare persona non grata e não nos importamos com os compromissos e conciliações que alcançou com seus senhores do norte”, disse Rodríguez, em comunicado. “Arraste para a história a lama de seu nome associada a servir como instrumento de agressão por um império assassino contra o povo dos libertadores da América.”
O parlamentar acusou o chefe do Itamaraty paralelo do governo Lula de ser um “enviado” do conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, na farsa eleitoral de 28 de julho.
Para o presidente da Assembleia venezuelana, Amorim se comportou “mais como um interlocutor do Governo dos Estados Unidos” do que “no papel supostamente atribuído” a ele por Lula.
“É por isso a sua interferência nos assuntos que só nos dizem respeito, daí a sua posição absolutamente prostrada aos desígnios do império agressor contra a nossa nação, profundamente ciumento de defesa de sua liberdade.”
As declarações de Amorim que irritaram a ditadura de Maduro
Na terça, 29, Amorim, que ainda não conseguiu chamar a ditadura de Maduro de ditadura, botou panos quentes nos protestos do regime venezuelano ao veto do Brasil à entrada do país no Brics.
“Há um mal-estar hoje. Torço para que desapareça, mas vai depender de algumas ações”, disse durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
Amorim também negou, durante a audiência, que tenha ocorrido um veto formal do Brasil à entrada da Venezuela no Brics, porque não ocorreu uma votação formal sobre o assunto, mas precisou reconhecer que “o princípio da transparência não foi respeitado” na votação de 28 de julho.
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