Crusoé: Boric aceita convite de Zelensky para cúpula da paz
Presidente do Chile conversou com presidente da Ucrânia sobre reunião, que deve ocorrer na Suíça. Lula já indicou que não está nem aí
O presidente do Chile, Gabriel Boric, aceitou o convite do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para uma Cúpula Mundial pela Paz na Ucrânia, a ser realizada na Suíça. O líder de esquerda chileno, que conversou com Zelensky nesta quarta-feira, 22, tomou uma direção distinta de Lula no tema.
“O Chile reafirma ante o mundo sua condenação à guerra de agressão da Rússia à Ucrânia e a importância do respeito ao direito internacional neste conflito e em qualquer outro, como no atual massacre que está levando adiante Israel em Gaza”, escreveu Boric em suas redes sociais.
O presidente Lula foi convidado para o evento presencial tanto pelo chanceler da Suíça, Ignacio Cassis, quanto pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Lula e o chanceler Mauro Vieira se reuniram esta semana, segundo fontes diplomáticas brasileiras, e decidiram que a delegação que vai representar o país na cúpula não será chefiada pelo presidente. Não foi definido ainda, no entanto, quem ocupará esse papel.
Provavelmente o encarregado será o próprio Vieira, já que Lula tem colocado seu principal assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, em contato direto com o governo de Moscou. Foi assim no início de 2023, quando Amorim foi escalado para ir diretamente à capital russa negociar com Vladimir Putin, em uma conversa que só se tornou pública após o retorno do ex-chanceler ao Brasil.
Zelensky começou, desde o dia 20 de maio, uma fase provisória do seu governo na Ucrânia — seu mandato acabou, mas a lei marcial impede a realização de novas eleições. Mesmo após receber um pacote de 60 bilhões de dólares (308.5 bilhões de reais) do governo dos EUA em ajuda militar, Zelensky ainda cobra mais engajamento do Ocidente no combate, seja em defesa diplomática, seja em apoio militar unilateral da Otan, a aliança militar das potências da Europa e da América, no conflito com Moscou.
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