Crusoé: Apoiadores de Morales protestam contra decisão do Tribunal Eleitoral
Presidente Luis Arce responsabiliza cocalero por "bloqueios criminosos" em toda a Bolívia
Apoiadores de Evo Morales realizam protestos e fazem bloqueios nas vias de Cochabamba contra a decisão do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de rejeitar a candidatura do ex-presidente.
Desde a semana passada, pelo menos 24 pontos de piquetes foram registrados em diferentes regiões da Bolívia.
O ministro da Economia, Marcelo Montenegro, afirmou que cada dia de paralisação resulta em prejuízos na ordem de US$ 200 milhões para o país.
Além disso, as manifestações impedem o abastecimento de alimentos de algumas cidades e prejudicam diversos setores econômicos da Bolívia.
O presidente boliviano, Luis Arce, responsabilizou Morales pelos “bloqueios criminosos”.
“Vamos implementar um plano para desbloquear gradualmente o país e proporcionar a paz de espírito que nosso povo boliviano merece. Também contamos com a cooperação e a compreensão das pessoas que sofrem as consequências desses bloqueios criminosos “, afirmou.
Apesar da declaração de Arce, os líderes dos cocaleros ameaçam reagiram com ameaças às autoridades:
“Não ousem vir a este ponto de encontro . Se nos confrontarem, nós também responderemos”, afirma um seguidor de Morales em vídeo.
Candidatura rejeitada
O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia confirmou a participação de dez candidatos nas eleições presidenciais marcadas para 17 de agosto, sem a presença de Morales.
A candidatura do cocalero foi oficialmente rejeitada.
O presidente do TSE, Óscar Hassenteufel, garantiu que as eleições ocorrerão normalmente, apesar da tentativa de apoiadores do ex-presidente de inviabilizar o pleito.
As eleições de agosto também definirão a composição do Congresso boliviano de 2025 a 2030.
Em maio, o TSE já havia negado a tentativa do cocalero de sair candidato.
Ele tentou registrar sua candidatura através do Partido de Ação Nacional Boliviano (Pan-Bol), sigla sem status legal desde o início do mês, após não alcançar 3% dos votos na eleição de 2020.
Apesar da negativa, o ex-presidente fez uma convocação para uma “Grande Reunião Nacional” contra a alegada judicialização da política e a…
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