Crusoé: A Secretária do Mal e outras assassinas do nazismo
Apesar da idade, secretária de campo nazista tem prisão mantida e faz lembrar o papel que algumas mulheres desempenharam no Holocausto
Aos 99 anos, a alemã Irmgard Furchner teve negado nesta terça-feira, 20, um pedido para livrar-se da cadeia devido à idade avançada. O motivo: Irmgard foi secretária do comandante do campo de concentração de Stutthof, na Polônia, onde 10.505 prisioneiros foram exterminados pelos nazistas entre 1943 e 1945. Ela ficou conhecida como Secretária do Mal e o tribunal de apelação afirmou que seu papel administrativo contribuiu diretamente para a máquina genocida nazista.
O caso de Irmgard é um dos últimos relacionados ao nazismo que ainda devem ser julgados por tribunais alemães. Segundo a promotoria especial encarregada do tema, há somente três processos ainda pendentes.
A condenação de Irmgard foi mantida com base num precedente de 2011, que apontou para a co-responsabilidade dos funcionários e soldados de baixa patente nos crimes cometidos nos campos de concentração.
Ela também faz lembrar o papel que algumas mulheres desempenharam no Holocausto. Veja a seguir as cinco personagens mais notórias:
Ilse Koch (1906-1967): Conhecida como a “Bruxa de Buchenwald”, Ilse Koch foi esposa do comandante de Buchenwald. Ela era famosa por sua crueldade, ordenando espancamentos e coletando tatuagens de prisioneiros mortos. Ilse foi condenada por crimes de guerra e sentenciada à prisão perpétua, onde cometeu suicídio.
Herta Bothe (1921-2000): trabalhou como guarda em campos de concentração como Auschwitz e Bergen-Belsen. Ela era conhecida por frequentemente bater em prisioneiros com uma barra de madeira. Depois da guerra, foi condenada a 10 anos de prisão, mas foi libertada em 1951. Em 1999, um ano antes de morrer, um entrevistador lhe perguntou se tinha algum arrependimento por seus atos durante a guerra. “Se eu cometi algum erro? Não”, respondeu ela.
Maria Mandel (1912-1948): Maria Mandel, chefe do campo feminino de Auschwitz, foi responsável pela morte de milhares de prisioneiras. Conhecida por sua implacável severidade, ela selecionava pessoalmente prisioneiras para as câmaras de gás. Após a guerra, foi julgada, condenada à morte e executada.
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