Crusoé: A mudança de chave de Trump sobre o ataque ao Irã
Apesar da promessa de não envolver os EUA em uma nova guerra, Trump tem sido pressionado por Netanyahu a embarcar na ofensiva contra o Irã

Embora tenha passado os primeiros meses de seu mandato tentando reprimir um ataque de Israel contra o Irã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou a considerar “seriamente”, conforme o New York Times, a possibilidade de enviar as Forças Armadas americanas para o combate.
Segundo o jornal, Trump poderia “enviar aeronaves americanas para ajudar a reabastecer os jatos de combate israelenses e tentar destruir a instalação nuclear subterrânea do Irã em Fordo com bombas de 13.667 kg”.
A iniciativa, seguiu o jornal, “marcaria uma reviravolta impressionante de sua oposição, de apenas dois meses atrás, a qualquer ação militar enquanto ainda houvesse uma chance de uma solução diplomática”.
Quando Israel iniciou seu “ataque preventivo” a instalações nucleares e bases militares iranianas, o presidente americano tentou se descolar da ofensiva:
“Continuamos comprometidos com uma solução diplomática para a questão nuclear do Irã! Todo o meu governo foi instruído a negociar com o Irã. Eles podem ser um grande país, mas primeiro precisam desistir completamente da esperança de obter uma arma nuclear. Agradecemos a atenção dispensada a este assunto!”, escreveu Trump na rede Truth Social em 12 de junho.
Em 13 de junho, diante da eliminação dos principais líderes militares do Irã, Trump afirmou:
“Há dois meses, dei ao Irã um ultimato de 60 dias para ‘fechar um acordo’. Eles deveriam ter feito isso! Hoje é o 61º dia. Eu disse a eles o que fazer, mas eles simplesmente não conseguiram. Agora, talvez, tenham uma segunda chance!.”
No domingo, 15 de junho, Trump disse:
“Os EUA não tiveram nada a ver com o ataque ao Irã esta noite. Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos EUA recairão sobre vocês em níveis nunca antes vistos. No entanto, podemos facilmente fechar um acordo entre Irã e Israel e pôr fim a este conflito sangrento!!!”
“Irã e Israel deveriam chegar a um acordo, e chegarão a um acordo, assim como eu consegui que a Índia e o Paquistão chegassem, nesse caso usando o COMÉRCIO com os Estados Unidos para trazer razão, coesão e sanidade às negociações com dois excelentes líderes que foram capazes de tomar uma decisão rápida e PARAR! Além disso, durante meu primeiro mandato, Sérvia e Kosovo estavam em conflito acirrado, como têm feito por muitas décadas, e esse conflito de longa data estava prestes a se transformar em GUERRA. Eu o impedi (Biden prejudicou as perspectivas de longo prazo com algumas decisões muito estúpidas, mas vou consertar isso, de novo!). Outro caso é o Egito e a Etiópia, e sua disputa por uma enorme barragem que está afetando o magnífico Rio Nilo. Há paz, pelo menos por enquanto, graças à minha intervenção, e assim permanecerá! Da mesma forma, teremos PAZ, em breve, entre Israel e Irã! Muitas ligações e reuniões estão acontecendo agora. Eu faço muita coisa e nunca recebo crédito por nada, mas tudo bem, o POVO entende. FAÇAM O ORIENTE MÉDIO GRANDE NOVAMENTE!”, afirmou Trump em outra mensagem.
A mudança de chave
Contudo, à medida que o sucesso militar inicial de Israel se tornou evidente, Trump começou a dar mais demonstrações públicas de apoio à ofensiva militar…
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