Na terça-feira chuvosa, Yejin, uma produtora de televisão de 30 anos de idade, que vive sozinha à margem de Seul, cozinha para suas amigas. Enquanto almoçam, uma delas mostra um meme de um dinossauro cartoon no seu celular que diz: “Cuidado, não se torne extinta como nós”. Todas riem, mas sabem que este é um alerta sério.

O caso de Yejin e suas amigas

Nem Yejin nem suas amigas planejam ter filhos. Elas fazem parte de uma crescente comunidade de mulheres sul-coreanas que optam por não ter filhos. A Coréia do Sul possui a menor taxa de natalidade do mundo, que continua a cair drasticamente ano após ano.

Estimativa para 2024 mostrou uma queda de 8% para 0,72. Isso representa o número de filhos que uma mulher espera ter durante sua vida. Para que uma população se mantenha estável, esse número deveria ser 2,1. Se a tendência atual continuar, estima-se que a população da Coréia diminua pela metade até o ano de 2100.

Um problema global que atinge a Coreia do Sul de forma extrema

Países desenvolvidos ao redor do mundo estão vendo suas taxas de natalidade caírem, mas nenhum de forma tão extrema quanto a Coréia do Sul. Projeções mostram que, em 50 anos, o número de pessoas em idade de trabalho terá diminuído pela metade, o contingente apto a participar do serviço militar obrigatório do país terá diminuído