A Coreia do Norte reforçará o seu arsenal nuclear, disse o seu chefe da diplomacia na sexta-feira, 1 de novembro, em Moscou.

O ditador norte-coreano Kim Jong-un “indicou claramente que a situação atual exige-nos mais do que nunca o fortalecimento das nossas modernas armas nucleares ofensivas estratégicas, bem como a melhoria da nossa capacidade de resposta nuclear, e mais uma vez afirmou que o nosso país não mudará em caso algum o rumo do reforço do seu arsenal nuclear”, declarou, segundo uma tradução russa, a ministra Choe Son Hui, durante uma reunião com o seu homólogo Sergei Lavrov.

Ela acusou ainda os Estados Unidos e a Coreia do Sul de desenvolverem uma “aliança com componente nuclear”, julgando que a “situação pode tornar-se explosiva a qualquer momento na península coreana”.

Rússia e Coreia do Norte

A Rússia e a Coreia do Norte tornaram-se significativamente mais próximas desde que Vladimir Putin lançou o seu ataque à Ucrânia em Fevereiro de 2022, tendo os dois países celebrado um acordo de defesa mútua durante a visita de Putin a Pyongyang, em Junho.

Há muitos meses que a Coreia do Norte é suspeita de fornecer à Rússia grandes quantidades de munições e mísseis. Agora também fornece milhares de soldados para lutar no conflito com a Ucrânia. Moscou e Pyongyang não confirmaram nem negaram a chegada destas tropas, que segundo o Ocidente estão prestes a ser enviadas para o campo de batalha.

A Coreia do Norte também é suspeita de pedir em troca deste apoio tecnologias que ajudarão a fortalecer o seu arsenal nuclear, em particular os seus mísseis balísticos.

A Coreia do Norte também testou seu míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-19 na quinta-feira, 31 de outubro. Este teste foi supervisionado pelo líder norte-coreano Kim Jong-un que “expressou grande satisfação” após o sucesso do lançamento do míssil, segundo a agência estatal norte-coreana KCNA.

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