Centenas de cidades e vilarejos na Bolívia estão sob alerta, enquanto chuvas torrenciais causam estragos no país da América do Sul. Autoridades informam que, desde novembro, 33 pessoas já perderam a vida devido à intensa precipitação, que provocou deslizamentos de terra e fez rios transbordarem.

Os números atuais de mortes são oito vezes maior em comparação ao mesmo período do ano passado. Oficiais estão monitorando atentamente uma série de barragens sob o receio de extravasamento.

Municípios em alerta máximo

O Vice-ministro de Defesa Civil, Juan Carlos Calvimontes, relatou que dos 340 municípios da Bolívia, 10 estão em alerta máximo e outros 279 se encontram em alerta laranja – o segundo nível mais alto.

Socorro humanitário enviado

Ele ainda afirmou que ajuda humanitária foi distribuída em Achocalla, na província de La Paz, onde uma mulher de 35 anos e seus dois filhos foram soterrados por um deslizamento de terra que destruiu sua casa.

Do total de vítimas, mais de 20 pessoas também ficaram feridas. Adicionalmente, na mesma província, as autoridades estão de olho nos níveis de água na barragem de Incachaca.

Monitoramento constante de barragens

Na última segunda-feira, especialistas do governo e o prefeito da cidade de La Paz, localizada a jusante da barragem, realizaram uma inspeção no local. O prefeito Iván Arias disse que, embora o nível de água no reservatório tenha “atingido 100%”, o escoamento está ocorrendo adequadamente e ele não prevê “qualquer consequência significativa a jusante”.

Outros três reservatórios – Hampaturi Alto, Pampalarama e Alpaquita – também estão em seu nível máximo. O período de chuvas intensas na Bolívia ocorre após uma severa estiagem e um dos invernos mais quentes que o país já vivenciou.

Impactos das Mudanças Climáticas

O fenômeno climático extremo não é incomum na Bolívia, porém, um ambiente mais quente causado pelas mudanças climáticas tornou as chuvas extremas mais prováveis. Desde o início da era industrial, o mundo já aqueceu cerca de 1.1C e as temperaturas continuarão a subir a menos que governos ao redor do mundo façam cortes drásticos nas emissões de gases de efeito estufa.