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Boeing gasta fortuna para recuperar problemas do Max

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4 minutos de leitura 20.03.2024 20:21 comentários
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Boeing gasta fortuna para recuperar problemas do Max

Descubra como a "Crise da Boeing" afeta a queima de caixa e as entregas de aviões. Insights sobre segurança e futuro da aviação.

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Boeing gasta fortuna para recuperar problemas do Max
Fonte: divulgação / boeing

A crise de segurança envolvendo o MAX da Boeing (BA.N) vem elevando a queima de caixa da companhia além do esperado, anunciou o diretor financeiro na quarta-feira, indicando que a fabricante norte-americana de aviões necessitará de mais tempo para alcançar uma meta financeira essencial para os próximos anos.

Enquanto tenta lidar com questões de segurança após um incidente com um painel em pleno voo em um avião 737 MAX 9 no dia 5 de janeiro, a Boeing encontra-se sob a rigorosa observação dos reguladores dos EUA, além de enfrentar a frustração das companhias aéreas, já impactadas pelos atrasos nas entregas por parte da Boeing e sua concorrente, Airbus.

Em uma conferência do Bank of America, o CFO Brian West revelou que, no primeiro trimestre, a queima de caixa da Boeing deve girar entre US$ 4 bilhões e US$ 4,5 bilhões, um valor superior ao que havia sido planejado em janeiro. O acúmulo de pedidos tem causado descontentamento entre os executivos de companhias aéreas, que se viram obrigados a cortar rotas e buscar adquirir aeronaves adicionais para atender à demanda.

O Que Trouxe a Boeing a Esta Situação?

Michael O’Leary, CEO da Ryanair (RYA.I), importante cliente europeu da Boeing, conversou com a Reuters afirmando que se reunirá com executivos seniores da companhia em Dublin na quarta-feira para discutir os atrasos prolongados nas entregas. Diante disso, a Boeing optou por não comentar sobre a visita.

Reguladores dos EUA limitaram a produção do 737 da Boeing a 38 unidades por mês, mas West apontou que a empresa está produzindo uma quantidade inferior a esse limite, sem entrar em detalhes. “Estamos deliberadamente indo mais devagar para acertar isso”, disse ele na conferência. Isso indica uma decisão consciente da Boeing em conter as taxas no programa 737, e o impacto dessa escolha será sentido nos próximos meses.

A redução nas entregas, os baixos volumes de produção na sua divisão comercial, e a pressão sobre o capital de giro estão impactando o fluxo de caixa livre. Isso significa que a Boeing precisará de mais tempo para alcançar a meta, proposta em 2022, de um fluxo de caixa anual de cerca de US$ 10 bilhões até 2025 ou 2026. “Vai levar mais tempo do que planejávamos”, admitiu West, projetando que tal objetivo será alcançado mais adiante, no período de 2025 a 2026. “Mas acreditamos que as ações que estamos tomando agora nos colocam em uma melhor posição a longo prazo.”

Quais São os Próximos Passos para a Boeing?

A qualidade da fabricação na Boeing e em sua principal fornecedora, a Spirit AeroSystems (SPR.N), foi fortemente questionada após o incidente em pleno ar com um voo da Alaska Air (ALK.N). A Boeing está em negociações para comprar a Spirit, sua antiga subsidiária desmembrada em 2005. Qualquer acordo seria financiado com uma combinação de caixa e dívida, em vez de ações, disse West.

Ele acrescentou que as margens na divisão de aviões comerciais seriam “mais próximas de -20%” no primeiro trimestre, uma vez que a empresa teve que compensar clientes pelos atrasos nas entregas. As margens deverão melhorar ao longo do ano, mas ainda serão negativas em geral em 2024.

O CFO mencionou que, no futuro, a Boeing aceitaria apenas fuselagens totalmente conformes da Spirit. A Spirit atualmente monta a fuselagem para o 737 antes de ser enviada para uma fábrica da Boeing no estado de Washington para ser completada. “Por anos, priorizamos o movimento do avião através da fábrica em vez de fazer certo, e isso precisa mudar”, concluiu West. O painel que se soltou do jato 737 MAX 9 aparentemente estava faltando quatro parafusos importantes, segundo um relatório preliminar dos investigadores dos EUA.

Este cenário desafiador para a Boeing ressalta a importância de enfrentar as questões de segurança e qualidade para restaurar a confiança tanto dos reguladores quanto de suas companhias aéreas clientes, ao mesmo tempo em que navega por um mercado altamente competitivo.

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