Blinken afaga Lula, após crítica dos EUA: “Algo que amigos fazem”
Secretário de Estado afagou Lula após o governo americano criticar o petista pela comparação entre a situação em Gaza e o Holocausto
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken (foto), afagou Lula, após o governo americano criticar o petista pela comparação entre a situação em Gaza e o Holocausto.
“Nós já fomos bastante claros ao dizer que não acreditamos que houve um genocídio na Faixa de Gaza. Queremos que o conflito acabe o mais rápido possível. Queremos que aumente a assistência humanitária para os civis. Mas não concordamos com esses comentários”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em coletiva nesta terça-feira, 20 de fevereiro.
Blinken comentou, nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, a declaração de seu porta-voz.
No Rio de Janeiro, onde encontrou Lula e participou da reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20, o secretário de Estado disse que a divergência é “algo que amigos fazem”.
“Também temos diferenças em algumas questões e na forma como as abordamos, e, nesta questão específica, obviamente, na comparação de Gaza com o Holocausto, discordamos profundamente”, afirmou Blinken em coletiva de imprensa.
“Mas isso também é algo que os amigos fazem, podemos ter essas divergências, até divergências profundas sobre esta questão específica, ou devo dizer, até mesmo um aspecto da questão, e ainda assim continuar todo o trabalho essencial que fazemos juntos”, acrescentou.
Lula não é bem-vindo em Israel
Em visita ao memorial do Holocausto, onde se reuniu com o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, Israel Katz começou suas críticas a Lula ainda na segunda, 19, afirmando que o presidente Lula não é bem-vindo em Israel.
“Não esqueceremos nem perdoaremos. É um ataque antissemita grave. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel – digam ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que o retire”, afirmou.
Filho de sobreviventes do Holocausto, Israel Katz disse ao embaixador brasileiro que o levou ao memorial porque o local testemunha “mais do que qualquer outra coisa, o que os nazistas e Hitler fizeram aos judeus”, incluindo aos membros da sua família.
“A comparação entre a guerra justa de Israel contra o Hamas e as atrocidades de Hitler e dos nazis é uma vergonha”, acrescentou.
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