A campanha de reeleição do presidente Joe Biden tem utilizado o Projeto 2025 como uma arma contra Trump. Em uma postagem recente no X (antigo Twitter), Biden incentivou os eleitores a pesquisarem sobre o Projeto 2025, dizendo: “Google Project 2025.”

O ex-presidente Donald Trump desmentiu veementemente qualquer envolvimento com o polêmico Projeto 2025, uma iniciativa da Heritage Foundation destinada a reestruturar o governo federal dos Estados Unidos sob um futuro governo republicano.

Em um post na rede Truth Social, Trump declarou: “eu não sei nada sobre o Projeto 2025. Não tenho ideia de quem está por trás disso. Discordo de algumas das coisas que estão dizendo e algumas são absolutamente ridículas e absurdas. Qualquer coisa que façam, desejo-lhes sorte, mas não tenho nada a ver com isso.”

O Projeto 2025, lançado em abril de 2023, oferece uma série de recomendações sobre como um futuro presidente republicano pode implementar mudanças conservadoras, incluindo uma reestruturação significativa do Departamento de Justiça e do FBI, com o objetivo de eliminar o que chamam de “agenda esquerdista radical”.

Heritage Foundation e o Projeto 2025

Kevin Roberts, presidente da Heritage Foundation, enfrentou críticas severas após afirmar, no programa de rádio do ex-estrategista-chefe da Casa Branca Steve Bannon, que os Estados Unidos estão em processo de uma “segunda revolução americana”, que permaneceria sem derramamento de sangue se a esquerda permitisse. Roberts argumentou que o objetivo é interromper a “agenda esquerdista radical” que, segundo ele, está ganhando terreno.

A Heritage Foundation, juntamente com mais de 110 grupos conservadores, defende que suas recomendações são apenas sugestões para o próximo presidente republicano, que acreditam que será Trump, decidindo livremente quais propostas implementar.

Antes do último debate, a campanha de Biden projetou um código QR em locais estratégicos de Atlanta, direcionando as pessoas para uma página de campanha que vincula o projeto a Trump. A campanha de Biden descreveu o esforço como “o plano dos aliados republicanos de Trump para dar mais poder a ele sobre sua vida diária, desmantelar os controles e equilíbrios democráticos e consolidar o poder no Gabinete Oval se ele vencer.”

Além disso, a deputada democrata Madeleine Dean, da Pensilvânia, classificou o plano como “antiamericano” e uma tentativa de substituir funcionários públicos por aliados políticos.

Trump, um “agente da Rússia”?

A última grande teoria da conspiração que resultou em uma investigação extensa e cara, mas inconclusiva, foi a alegação de que Donald Trump seria um “fantoche” de Vladimir Putin.

Essa teoria ganhou força durante a campanha presidencial de 2016 e persistiu nos primeiros anos da presidência de Trump. As principais alegações eram que a campanha de Trump teria conspirado com a Rússia para interferir nas eleições de 2016; que Trump estaria sob controle de Putin devido a possíveis comprometimentos pessoais ou financeiros; e que as políticas de Trump em relação à Rússia seriam motivadas por interesses russos.

Essas alegações levaram a uma investigação conduzida pelo procurador especial Robert Mueller, que durou quase dois anos e custou milhões de dólares. O relatório final de Mueller, divulgado em 2019, não encontrou evidências suficientes para comprovar uma conspiração criminosa entre a campanha de Trump e a Rússia.

As principais conclusões foram: não houve conluio criminoso entre a campanha de Trump e a Rússia; várias ligações entre indivíduos da campanha e russos foram identificadas, mas sem provar conspiração; e não houve conclusão definitiva sobre obstrução de justiça por parte de Trump.

Posteriormente, uma investigação adicional conduzida pelo procurador especial John Durham, focada nas origens da investigação inicial do FBI sobre Trump e a Rússia, também não encontrou evidências de uma conspiração maior, embora tenha criticado a conduta do FBI em alguns aspectos.

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