Biden: encontro com viúva de Navalny e sanções contra Rússia
“Se Putin não pagar o preço pela morte e destruição que está espalhando, ele continuará”, afimou Biden ao anunciar sanções a 500 entidades russas
O presidente norte-americano falou esta sexta-feira, 23 de fevereiro, para anunciar novas sanções contra a Rússia, uma semana depois da morte na prisão do opositor Alexeï Navalny.
O objetivo, diz, Biden, é garantir que o presidente russo, Vladimir Putin, “pague um preço ainda mais elevado pela agressão (à Ucrânia) e pela repressão” na Rússia.
Serão alvo das sanções 500 entidades russas ligadas aos apoiadores de Putin e ao que Biden chamou de “sua máquina de guerra. Estas sanções são as maiores desde o início da invasão da Ucrânia por Putin” em 24 de fevereiro de 2022.
“Se Putin não pagar o preço pela morte e destruição que está espalhando, ele continuará”, alertou o presidente norte-americano num comunicado, anunciando um conjunto de medidas que visam indivíduos ligados à prisão do opositor Alexei Navalny, bem como uma centena de entidades que ajudam Moscou a contornar as sanções já em vigor.
Joe Biden e Yulia Navalnaïa
Poucas horas antes de o governo americano revelar novas sanções contra a Rússia, o presidente americano, Joe Biden encontrou com Yulia e Dacha Navalnaïa, a viúva e filha de Alexeï Navalny, que morreu em circunstâncias obscuras em 16 de fevereiro passado. Esta última estuda na Universidade de Stanford, na Califórnia.
“Ele era um homem de uma coragem incrível e é extraordinário ver como a sua esposa e a sua filha reproduzem isso”, disse Biden durante uma breve intervenção diante das câmaras após a reunião.
Nas suas redes sociais, o presidente americano postou foto do encontro com a viúva e com a filha de Navalny e escreveu:
“Hoje encontrei-me com Yulia e Dasha Navalnaya – os entes queridos de Aleksey Navalny – para expressar as minhas condolências pela sua perda devastadora.
O legado de coragem de Aleksey continuará vivo em Yulia e Dasha, e nas inúmeras pessoas em toda a Rússia que estão lutando pela democracia e pelos direitos humanos.”
“Perseguir, envenenar e aprisionar um homem fala muito alto”
Em coletiva de imprensa no Brasil na quinta-feira, 22 de fevereiro, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinklen, já havia confirmado que o governo dos Estados Unidos aplicaria novas sanções à Rússia, por causa da morte do opositor Alexei Navalny:
“Fiquem ligados, novas sanções estão a caminho”, disse o secretário. “Perseguir, envenenar e aprisionar um homem fala muito alto não sobre a força da Rússia, sob Putin, mas sobre sua fragilidade.”
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