Horas antes de abrir fogo em um comício na Pensilvânia, Thomas Matthew Crooks (foto), de 20 anos, pilotou um drone sobre o local onde Donald Trump discursaria. O equipamento foi encontrado no carro do atirador.

Os investigadores acreditam que o drone, que tinha uma câmera, foi usado para inspecionar o local do comício em Butler, Pensilvânia, pelo menos uma vez antes do tiroteio. Em algum momento do último sábado, Crooks teria pilotado o aparelho para coletar imagens do terreno usando uma rota de voo pré-programada, segundo autoridades ouvidas pelo Washington Post.

Crooks também visitou a região em 7 de julho, seis dias antes do evento.

O Serviço Secreto dos Estados Unidos costuma proibir drones em áreas que estão sob sua segurança. Até o momento, não há informação se o voo foi proibido nesse caso.

Crooks, como mostramos, postou uma mensagem cifrada online dias antes da tentativa de assassinar Trump. A mensagem dizia: “13 de julho será minha estreia, assistam como se desenrola”. No ataque, uma pessoa morreu e outras ficaram feridas, incluindo o ex-presidente dos EUA.

As autoridades encontraram dois celulares com o atirador: o principal recuperado na cena e um segundo em sua casa, com apenas 27 contatos, que estão sendo rastreados pelo FBI.

Horas antes do ataque, os pais de Crooks contataram a polícia local relatando que ele estava desaparecido e expressaram preocupação. Não está claro se eles sabiam que ele estava com o rifle AR-15 usado no ataque.

A diretora do Serviço Secreto dos EUA, Kimberly Cheatle, enfrentou várias críticas após a tentativa de assassinato de Trump. Críticos questionaram como um homem armado conseguiu se posicionar a menos de 150 metros de Trump com um fuzil semiautomático AR-15 durante o comício. Apesar de haver três agentes no complexo de edifícios onde o atirador estava, eles não conseguiram impedir o ataque.