Assessor de Putin fala em “guerra nuclear” e “fim do mundo”
Se a Ucrânia se juntar à Otan e seus aliados tentarem recuperar o território perdido, isso será o fim do mundo — levará a uma guerra nuclear", afirmou Medinsky

Um assessor próximo ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, reiterou na segunda-feira, 9 de junho, a possibilidade de um cenário catastrófico caso a Ucrânia e a Otan tentem retomar os territórios ucranianos atualmente sob ocupação russa.
Segundo Vladimir Medinsky, líder da delegação russa nas negociações de paz com a Ucrânia, tal ação poderia resultar em uma “guerra nuclear”, o que ele descreveu como “o fim do mundo”.
Medinsky, cuja afirmação foi reportada pela agência estatal russa Tass, enfatizou que um mero cessar-fogo não é suficiente e pode ser extremamente arriscado.
Ele comparou a situação à disputa entre Armênia e Azerbaijão pela região do Carabaque, insinuando que um conflito não resolvido poderia se perpetuar indefinidamente.
O assessor também fez críticas direcionadas à Otan, alertando que, caso a Ucrânia se una formalmente à aliança militar ocidental, o resultado será desastroso. “Se a Ucrânia se juntar à Otan e seus aliados tentarem recuperar o território perdido, isso será o fim do mundo — levará a uma guerra nuclear”, afirmou Medinsky.
Embora Medinsky não tenha especificado o que constitui uma “paz verdadeira”, suas declarações indicam que a Rússia permanece firme em suas exigências.
Entre as condições estabelecidas estão o reconhecimento dos territórios ucranianos ocupados pelas forças russas e uma garantia formal de que a Ucrânia não fará parte da Otan.
Troca de prisioneiros de guerra
Mesmo em meio ao impasse nas negociações de paz, Rússia e Ucrânia realizaram nesta segunda-feira, 9 de junho, uma significativa troca de prisioneiros de guerra.
Combatentes com menos de 25 anos e militares gravemente feridos foram libertados por ambas as partes.
O número total de prisioneiros envolvidos ainda não foi oficialmente revelado, mas Medinsky mencionou que uma lista contendo 640 nomes já havia sido apresentada às autoridades ucranianas no final de semana.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou o início das trocas: “A troca de hoje já começou. Ela será realizada em várias etapas nos próximos dias”, declarou ele.
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