Recentemente, a Netflix lançou um novo documentário intitulado “Antares de la Luz: Uma Seita Apocalíptica”, que detalha a história perturbadora de Ramón Gustavo Castillo Gaete, conhecido como Antares de la Luz, e seu culto apocalíptico.

Quem foi Antares de la Luz e o que impulsionou seu culto?

Antares de la Luz foi uma figura carismática e dominante, com uma presença que não passava despercebida. Ele começou a arregimentar seguidores em 2009, após realizar viagens pela América Latina e supostamente ter visões que o convenceram de ser uma espécie de messias. Com um discurso que prometia a salvação mundial, Antares conseguiu criar um enclave onde práticas extremas e, tristemente, criminosas eram realizadas.

Qual foi o apelo do culto liderado por Antares?

Segundo Verónica Foxley, jornalista e autora que investigou a seita, os seguidores de Antares encontravam nele alguém que parecia entender suas dores e angústias. Eles eram indivíduos com históricos de vida fraturados, muitos dos quais encontraram no culto uma promessa de revalidação e significado para suas existências. Foxley explica que Antares sabia manipular essas fraquezas, oferecendo uma família substituta, porém distorcida, a esses indivíduos vulneráveis.

Como a seita chegou a cometer um ato tão horrível como o assassinato de um bebê?

A combinação de isolamento da sociedade, doutrinação intensa e a autoridade indiscutível de Antares sobre seus seguidores criou um ambiente onde questionar o líder tornou-se impensável. O culminar dessa dinâmica foi a tragédia em que um recém-nascido foi morto por ser considerado o “anticristo”. Essa terrível ação não só destacou as crenças distorcidas do grupo, mas também a perda completa de autonomia dos membros da seita.

Impacto do documentário e reflexões sobre cultos

O documentário de Santiago Correa promove uma reflexão necessária sobre como sociedades podem melhor identificar e intervir em cultos potencialmente perigosos. A história de Antares de la Luz serve como um lembrete sombrio do que pode acontecer quando uma pessoa com intenções nefastas ganha controle absoluto sobre os outros. Mais do que um simples relato de crimes, ele traz à tona discussões sobre vulnerabilidade social, saúde mental e a necessidade de uma vigilância comunitária mais eficaz.