Aliança de esquerda francesa divulga panfleto político em árabe
Um folheto produzido por um ativista de esquerda convidando a uma reunião informativa da Nova Frente Popular foi distribuído em francês e árabe, provocando a indignação de vários líderes políticos
Um folheto produzido por um ativista de esquerda convidando a uma reunião informativa da Nova Frente Popular foi distribuído em francês e árabe, provocando a indignação de vários líderes políticos.
O folheto de origem vaga está escrito em árabe e carimbado com um logotipo que menciona “uma Nova Frente Popular contra a extrema direita”.
O folheto, publicado na conta de Facebook de um ativista do partido de extrema esquerda La France Insoumise (LFI) e que estava disponível em duas versões, em francês e em árabe, convidava a um encontro de informação organizado pela esquerda no dia 14 de Junho.
A informação circulou em vários sites de direita antes de fazer com que o prefeito de Libourne e ex-membro do Partido Socialista, Philippe Buisson, reagisse no X em 16 de junho. O governante eleito denunciou o folheto escrito em árabe, vendo-o como uma “iniciativa de alguns fanáticos da LFI”, e que contribuiria “apenas para histerizar o debate público, dando exemplos caricaturados aos nossos adversários”. O ex-candidato dos ambientalistas centristas a presidente da Câmara de Paris, Antonin Duarte, também reagiu no X, denunciando que o panfleto apelava a “um voto comunitário e clientelista”.
Segundo vários ativistas mobilizados para a campanha da Nova Frente Popular, este folheto poderia vir de um simpatizante local da união de esquerda que teria decidido tomar tal iniciativa, mas em não emanaria da equipe oficial de campanha.
O ativista que primeiro partilhou o folheto nas redes sociais apagou a sua publicação depois das polêmicas.
La France Insoumisse (LFI) e o antissemitismo
O partido de extrema esquerda La France insoumise (LFI) substituiu a bandeira europeia pela bandeira palestina. O partido faz campanha não só contra Netanyahu e o seu governo, mas também contra Israel, que chama de “monstruosidade sem nome.”
Várias instituições judaicas denunciaram vigorosamente a convocação de candidatos únicos de esquerda para as eleições legislativas, sob o nome de Nova Frente Popular, considerando-a uma “vergonha” e um “acordo infame” com La France insoumise, que acusam de favorecer o antissemitismo.
“A França Insubmissa fez do ódio aos judeus o seu negócio eleitoral: aliar-se à LFI significa lidar com o antissemitismo”, declarou o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif), Yonathan Arfi, denunciando veementemente a aliança entre ecologistas, socialistas e comunistas com La France insoumise (LFI), registrada na segunda-feira de junho 10, sobre o princípio das candidaturas únicas para as próximas eleições legislativas, após a dissolução da Assembleia Nacional.
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