Abbas, que se reuniu com Lula na ONU, lamenta morte de líder do Hezbollah
Presidente da Autoridade Palestina também "ofereceu suas profundas condolências" ao governo libanês e condenou "brutal agressão israelense"
Mahmoud Abbas (à esquerda na foto), líder da Autoridade Palestina que nesta semana se encontrou com Lula na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, prestou neste sábado, 28, suas condolências ao Hezbollah pela morte de seu líder Hassan Nasrallah em um ataque aéreo israelense.
Em comunicado, Abbas também “ofereceu suas profundas condolências ao governo libanês e ao povo irmão libanês, pelo martírio das vítimas civis que caíram como resultado da brutal agressão israelense”.
Mais cedo, como mostramos, o grupo terrorista palestino Hamas também se solidarizou com o Hezbollah após a morte de Hassan Nasrallah.
O Hamas afirmou que Nasrallah foi “martirizado junto com um grupo de seus colegas líderes” e que Israel deveria assumir “total responsabilidade por esse crime hediondo”, ao lado dos Estados Unidos.
“Condenamos nos termos mais fortes esta agressão sionista bárbara e o ataque a edifícios residenciais no subúrbio ao sul de Beirute”, acrescentou.
O encontro de Lula com o ‘duas caras’
Na última quarta-feira, 25, o presidente Lula se encontrou com o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. A equipe do petista classificou o encontro como “rápido e caloroso”.
“Encontrei-me na ONU com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. É a primeira vez que eles participam como observadores da Assembleia-Geral da ONU. Manifestei minha solidariedade pelo sofrimento de mulheres e crianças palestinas com a violência e a necessidade de um cessar-fogo imediato”, escreveu Lula no Instagram.
Sediada em Ramallah, na Cisjordânia, e controlada pelo Fatah, partido de Abbas, a Autoridade Palestina tem se apresentado como alternativa para assumir o governo da Faixa de Gaza em um plano pós-guerra.
Como mostrou Crusoé, o presidente da Autoridade Palestina tem duas caras. Uma delas usa para falar com o Ocidente e dizer que o Hamas, além de não representar os palestinos, é culpado pela continuação da guerra na Faixa de Gaza.
Com a segunda, muito mais autêntica, Abbas conclama os palestinos para praticarem a violência e festejar seus mártires.
O atentado terrorista contra a AMIA
A StandWithUs Brasil, instituição educacional sobre Israel, relembrou do maior atentado terrorista da Argentina, em 1994, dois anos depois de Hassan Nasrallah assumir a liderança do Hezbollah.
“Em 2024, completaram-se 30 anos do ataque terrorista do Hezbollah ao prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 18 de julho de 1994.
É importante lembrarmos que Hassan Nasrallah, eliminado ontem (27) pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) em Beirute, havia assumido a liderança do Hezbollah em 1992, dois anos antes do ataque, sendo um dos responsáveis por ele.
O atentado, que foi executado pelo grupo terrorista libanês e financiado pelo governo do Irã, vitimou 85 pessoas, deixando centenas de feridos. Até hoje, nenhum terrorista havia sido punido.
Ao longo de sua vida, Nasrallah foi culpado pela morte de milhares de pessoas, não apenas no Oriente Médio, mas em todo o mundo, inclusive aqui na América Latina. Isso é algo que jamais deve ser esquecido.
A morte do terrorista chefe do Hezbollah tem um significado importante para Israel e para a comunidade internacional como um todo.”
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