O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (foto), criticou nesta quinta-feira, 11, o governo da África do Sul por acusar Israel de cometer “atos genocidas” contra os palestinos na Faixa de Gaza.

Após a primeira audiência na Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judicial das Nações Unidas, Netanyahu disse que Israel combate terroristas e “mentiras”.

Em declaração à nação, o primeiro-ministro israelense afirmou que “a hipocrisia da África do Sul grita aos altos céus” e acusou o país africano de representar “monstros”, referindo-se ao grupo terrorista Hamas.

Leia a declaração de Netanyahu na íntegra:

“Estamos combatendo terroristas e combatendo mentiras.

Hoje, mais uma vez, assistimos a um mundo invertido, em que o Estado de Israel é acusado de genocídio enquanto luta contra o genocídio.

Israel está lutando contra terroristas assassinos que cometeram crimes horríveis contra a humanidade: massacraram, violaram, queimaram, desmembraram, decapitaram – crianças, mulheres, idosos, homens e mulheres jovens.

Uma organização terrorista cometeu o pior crime contra o povo judeu desde o Holocausto, e agora alguém vem defendê-la em nome do Holocausto. Que atrevimento. O mundo está de cabeça para baixo.

E as FDI, o exército mais moral do mundo, que faz tudo para evitar prejudicar os não-combatentes, são acusadas – pelos representantes destes monstros – de genocídio.

A hipocrisia da África do Sul grita aos altos céus.

Onde estava a África do Sul quando milhões de pessoas foram assassinadas e desenraizadas das suas casas na Síria e no Iêmen, por quem? Pelos parceiros do Hamas. O mundo está de cabeça para baixo. Onde você estava?

Nós sabemos onde estamos. Continuaremos lutando contra os terroristas. Continuaremos refutando as mentiras. Continuaremos defendendo o nosso justo direito de nos defender e garantir o nosso futuro – até à vitória total.”

África do Sul, o “braço jurídico do Hamas”

Em resposta às alegações sul-africanas de genocídio contra os palestinos em Gaza, acusou a África do Sul de funcionar como “braço jurídico do Hamas”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, afirmou que a África do Sul está ignorando as ações do Hamas, que incluíram a invasão de Israel e a realização de atos hediondos contra cidadãos israelenses. Haiat descreveu as ações da África do Sul como “uma das maiores demonstrações de hipocrisia da história”.