A guerra de desinformação de Putin no Brasil
A matéria de capa da Crusoé desta semana mostra como Vladimir Putin age para manipular a opinião pública e influenciar as posições da política externa brasileira...
A matéria de capa da Crusoé desta semana mostra como Vladimir Putin age para manipular a opinião pública e influenciar as posições da política externa brasileira.
“O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ampliou a guerra de desinformação para fazer com que os brasileiros assumam o mesmo lado do Kremlin nos principais conflitos mundiais: a favor da Venezuela na sua ameaça de anexar 70% da Guiana, da Rússia na invasão da Ucrânia, do Hamas no conflito com Israel. Além de direcionar a opinião pública, o objetivo é influenciar as posições da política externa brasileira, evitando que o país se torne mais um detrator dos russos no exterior.”
“Essa máquina funciona com influenciadores brasileiros que reproduzem o discurso do Kremlin para os seus milhares de seguidores. Funciona com contas de robôs que divulgam links de interesse dos russos. Com grupos neofascistas treinados e financiados por Moscou. E com canais de comunicação mantidos por Moscou, como Russia Today, RT, e Sputnik News — ambos suspensos na União Europeia por espalharem desinformação.”
“Crusoé teve acesso exclusivo a um relatório do Centro para a Resiliência da Informação (CIR, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos com sede em Londres dedicada a expor violações dos direitos humanos, crimes de guerra e combater a desinformação. Seus pesquisadores rastrearam 112 mil mensagens publicadas no Facebook entre 2020 e 2023 para mapear como funciona essa operação russa.”
“Foram selecionadas contas que falavam sobre a Rússia e que compartilhavam os mesmos links, no mesmo instante. Foi uma maneira de identificar ações coordenadas. Então, os analistas olharam o conteúdo das mensagens. Entre 2020 e 2021, essas postagens enalteciam o desenvolvimento tecnológico e militar da Rússia e elogiavam sua vacina Sputnik V para a Covid. (Em 2021, Crusoé apontou o uso de contas de embaixadas, ministérios e canais ligados ao Kremlin, como Sputnik News e RT, para gerar dúvidas sobre as vacinas ocidentais, concorrentes da Sputnik.)”
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