A chantagem de Putin para dar fim à invasão à Ucrânia
Ditador russo impõe condição para aceitar o fim da guerra; acordo tem data prevista para ser concluído

O ditador russo Vladimir Putin aceita negociar o fim da ofensiva contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, desde que os EUA, por sua vez, concordem com algumas condições. Entre as quais, a anexação oficial da Crimeia, península ucraniana, pela Rússia.
Em proposta feita durante reunião com Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos Estados Unidos, em São Petesburgo, consta que Putin abriria mão do controle sobre quatro regiões da linha de frente da Ucrânia – Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia –, desde que os EUA fizessem concessões a Moscou: o reconhecimento do domínio russo sobre a Crimeia e a interdição da entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
De acordo com o jornal britânico Financial Times, este seria o primeiro e mais claro sinal de que Vladimir Putin aceitaria o cessar-fogo definitivo. A previsão é de que qualquer acordo – ou desacordo – será resolvido até o dia 31 de abril.
Páscoa sob bombardeio
O possível acordo para o fim da guerra viria depois de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, chamar de “mais uma tentativa de Putin de brincar com vidas humanas”, em resposta ao que considerou uma sabotagem do cessar-fogo combinado par ao feriado religioso da Páscoa.
Ainda de acordo com Zelensky, “drones em nossos céus revelam a verdadeira atitude de Putin em relação à Páscoa e à vida humana”.
Autoridades mundiais se reúnem em Paris
O possível acordo russo-americano para o fim do conflito representa uma mudança de tom nas declarações mais recentes sobre o a guerra. Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, havia dito que “os europeus têm um foco na continuação da guerra”, em resposta ao encontro ocorrido em Paris, na última semana, entre líderes europeus, ucranianos e americanos.
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