100 manifestantes pró-Palestina são detidos em universidade de Boston
Segundo a Universidade Northeastern, insultos antissemitas violentos, como “matar judeus”, foram proferidos no campus na quinta
Cerca de 100 manifestantes pró-Palestina foram detidos neste sábado, 27, no campus da Universidade Northeastern, em Boston. O acampamento montado no local também foi evacuado pela polícia.
Em publicação nas redes sociais, a Universidade Northeastern afirmou que “insultos antissemitas violentos”, como “matar judeus”, tinham sido proferidos no campus na noite de quinta-feira.
“Cerca de 100 pessoas foram detidas pela polícia. Os estudantes que apresentaram os seus cartões de identificação da Northeastern U. foram libertados. Aqueles que se recusaram a provar a sua filiação foram detidos”, afirmou a universidade em publicação no X.
Apenas na última semana, mais de 100 alunos haviam sido presos após um protesto na Universidade de Columbia, em Nova York — motivando uma onda de acampamentos em mobilizações em campi de todo o país com atos que chegam ao antissemitismo contra judeus que estudam nestes locais.
Classe política não poupa críticas
Representantes republicanos e democratas condenaram as ações consideradas extremistas nos centros de ensino superior do país.
A Casa Branca disse condenar as manifestações “em seus mais fortes termos”. “[A Casa Branca] Entende que a violência e intimidação física a estudantes judeus e à comunidade judaica são abertamente antissemitas, injustificadas e perigosas”, disse em um comunicado o porta-voz Andrew Bates. “Eles absolutamente não tem lugar em nenhum campus de universidade.”
Líderes republicanos no Congresso também cobraram medidas mais duras contra os atos antissemitas. A deputada Elise Stefanik (Republicano-NY) pediu a renúncia da presidente da Columbia, Nemat Shafik (que é muçulmana), pelo que considerou uma “falha em por um fim à gangue de estudantes e agitadores espalhando antissemitismo e atos de terrorismo contra estudantes judeus” no campus.
Ouça também o podcast Latitude desta semana, que entrevista Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Fisesp.
De acordo com Knobel, o número de denúncias de antissemitismo em universidades brasileiras teve um aumento de 257% após o ataque terrorista do Hamas em Israel, no dia 7 de outubro.“O que acontece nas universidades americanas pode refletir nas universidades do mundo inteiro, talvez com menor proporção“, diz Knobel.
Leia também:
Judeus confrontam protesto pró-Palestina na Sciences Po, Paris
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)