“A criatividade real requer caos e um toque humano, mesmo na era da IA”
Vince Dioquino, jornalista filipino, mostra por que a inteligência artificial não pode substituir a bagunça emocional que alimenta a criatividade humana

O jornalista filipino Vince Dioquino publicou artigo intitulado “Por que a criatividade real ainda precisa de caos e de um toque humano na era da IA”, no site americano Decrypt, especializado em inteligência artificial, criptomoedas e cultura digital.
Ele defende que, apesar do avanço das ferramentas generativas, a criatividade genuína ainda depende do imprevisível, algo que a IA não consegue simular.
“A verdadeira criatividade nunca foi um processo limpo. Ela exige caos, colisões e imperfeição.” Para Dioquino, as grandes ideias não nascem da ordem, mas do erro, da hesitação e das experiências humanas que escapam à lógica algorítmica.
“A IA é ótima para gerar padrões, mas a criatividade floresce quando quebramos padrões.” Ele argumenta que a inovação depende justamente da quebra de lógica, do risco criativo e da liberdade para experimentar. Elementos que, por definição, escapam à arquitetura previsível dos modelos de IA.
“As melhores ideias geralmente nascem do desconforto, do tédio ou de uma dor pessoal.” A observação reforça que a emoção, muitas vezes instável e irracional, é o motor da criação artística. Sentimentos humanos não são apenas ruídos no sistema, são combustíveis para o inesperado.
“A IA nos dá velocidade, mas não profundidade.” Para o autor, não basta gerar conteúdo rapidamente. A verdadeira arte exige contexto, ambiguidade e uma camada subjetiva que não pode ser automatizada.
“Criatividade não é sobre parecer esperto, é sobre se conectar com algo mais profundo.” O perigo, segundo ele, é substituir a intenção artística pela estética superficial que a IA reproduz com perfeição, mas sem alma.
“Mesmo quando usamos IA, ainda somos nós quem temos que fazer as perguntas certas.” Dioquino reconhece o papel das ferramentas como suporte, mas alerta que o protagonismo criativo ainda pertence às pessoas. Não há prompts que substituam a vivência.
“Talvez a arte mais importante hoje seja aprender a se perder, algo que nenhuma IA jamais fará.” A frase sintetiza o argumento do artigo: a imprevisibilidade, a confusão e até o fracasso fazem parte do processo criativo. E isso continua sendo exclusivo da experiência humana.
O texto funciona como um lembrete urgente num cenário em que a automação avança sobre as artes. A IA pode gerar conteúdo, mas não vivência. Pode simular ideias, mas não intuição. E enquanto houver emoção, conflito e caos, ainda haverá espaço para a criatividade humana.
Quem é Vince Dioquino
Vince Dioquino é jornalista e editor filipino, colabora com o site Decrypt e já escreveu para publicações como Esquire Philippines. Especializado em tecnologia, cultura digital e inteligência artificial, também atua como crítico de mídia e comentarista sobre inovação e criatividade.
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