O diagnóstico que aposentou Ronda Rousey
Problemas neurológicos forçaram a aposentadoria de Ronda Rousey. Entenda os sintomas

A trajetória de Ronda Rousey voltou a ser tema de destaque no universo das artes marciais mistas. Reconhecida como uma das figuras mais marcantes do MMA feminino, a ex-campeã peso-galo do UFC revelou recentemente detalhes sobre os desafios de saúde que enfrentou ao longo da carreira. As informações vieram à tona em uma entrevista ao canal Untapped no YouTube, onde a lutadora compartilhou experiências inéditas sobre episódios neurológicos que impactaram diretamente seu desempenho e culminaram em sua aposentadoria precoce dos octógonos.
Durante anos, Ronda Rousey conviveu com sintomas pouco compreendidos, tanto por ela quanto por sua equipe médica. Os episódios incluíam perda parcial da visão e dificuldades de percepção espacial, especialmente após impactos na cabeça durante as lutas. Apenas após sua participação em um estudo neurológico apoiado pelo UFC, foi possível identificar que tais sintomas estavam relacionados a enxaquecas severas agravadas por concussões acumuladas desde o início de sua carreira, ainda no judô.
Quais problemas de saúde levaram Ronda Rousey a se afastar do MMA?
O diagnóstico apontou que Ronda Rousey sofria de crises neurológicas desencadeadas por traumas repetitivos na cabeça, comuns em esportes de contato como o MMA e o judô. Especialistas explicaram que pessoas com histórico de enxaqueca, como era o caso da atleta, apresentam maior vulnerabilidade a concussões. Com o tempo, a frequência dos episódios aumentou, tornando-se um fator determinante para sua decisão de se afastar das competições.
Segundo relatos da própria ex-campeã, os sintomas iam além da dor de cabeça. Em muitos momentos, após receber golpes simples, como um jab, ela experimentava cegueira temporária e perda da capacidade de tomar decisões rápidas, elementos essenciais para um bom desempenho no octógono. Esses episódios passaram a ocorrer com mais frequência, tornando inviável a continuidade da carreira no alto rendimento.
Como as concussões e enxaquecas afetam atletas de esportes de contato?
O caso de Ronda Rousey chama atenção para os riscos neurológicos enfrentados por atletas de esportes de contato. Concussões repetidas podem desencadear quadros de enxaqueca, mesmo sem a presença de dor intensa. Entre os principais sintomas observados estão:
- Perda parcial ou total da visão temporária
- Dificuldade de percepção de profundidade
- Comprometimento do tempo de reação
- Desorientação espacial
Esses fatores prejudicam a performance e podem colocar em risco a integridade física do atleta. O acompanhamento médico especializado e a realização de exames neurológicos são essenciais para identificar precocemente possíveis complicações e evitar consequências mais graves.
Qual o impacto dessas revelações na carreira e legado de Ronda Rousey?
Ao longo de sua trajetória, Ronda Rousey acumulou 12 vitórias consecutivas e seis defesas de cinturão, tornando-se peça fundamental na popularização do MMA feminino. No entanto, as derrotas para Holly Holm e Amanda Nunes marcaram o fim de sua passagem pelo UFC. A dificuldade em compartilhar os problemas de saúde, por receio de julgamentos, contribuiu para o silêncio sobre o real motivo de sua aposentadoria na época.
Em 2025, aos 38 anos, Ronda Rousey permanece afastada das competições e segue sob acompanhamento médico. Embora não haja planos para um retorno ao octógono, a ex-lutadora demonstra confiança na possibilidade de melhorar sua qualidade de vida com o tratamento adequado. O relato de sua experiência reforça a importância do cuidado com a saúde neurológica de atletas e serve de alerta para a necessidade de diagnósticos precisos e acompanhamento constante no esporte de alto rendimento.
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