O que é ficção no filme ganhador do Oscar ‘Conclave’?
Revelando a realidade e a ficção por trás do premiado filme Conclave, seu vislumbre intrigante dos segredos do Vaticano e a humanização de seus personagens.

O filme “Conclave“, lançado em 2024, despertou a curiosidade global sobre o processo de escolha de um novo papa. A obra, que recebeu o Oscar de melhor roteiro adaptado em 2025, é baseada no livro homônimo de Robert Harris. A trama combina fatos históricos com elementos fictícios, criando uma narrativa intrigante sobre a eleição papal.
Com um enredo que mistura realidade e imaginação, “Conclave” apresenta ao público um olhar fascinante sobre os bastidores do Vaticano. Mas o que, de fato, é verdadeiro e o que é fruto da criatividade dos roteiristas? Este artigo explora os elementos reais e fictícios presentes no filme.
Quais aspectos do Conclave são reais?
O procedimento do conclave, como retratado no filme, é fiel à realidade em vários aspectos. Os cardeais realmente se reúnem na Capela Sistina, onde votam em cédulas, e a famosa fumaça, preta ou branca, indica o resultado da eleição. Este isolamento dos cardeais é uma prática tradicional e rigorosamente seguida.
Além disso, o filme acerta ao mostrar as tensões políticas dentro da Igreja. As divisões ideológicas entre cardeais, com disputas entre alas conservadoras e progressistas, são comuns durante as eleições papais. Como destacou o reverendo Thomas Reese, essas divergências são naturais e refletem a complexidade humana.
A atmosfera de segredo e introspecção também é um elemento realista do conclave. O ambiente de tensão, silêncio e ritualismo é característico do processo, criando um clima de mistério e solenidade.
O que é invenção no filme “Conclave”?
Apesar de sua base em fatos, o filme incorpora elementos fictícios para aumentar o drama. Um exemplo é a presença de um cardeal “in pectore”, ou secreto, no conclave. Na realidade, tal situação só ocorreria se o papa revelasse o nome do cardeal antes de sua morte, o que não acontece na trama.
O enredo também inclui reviravoltas dramáticas e revelações pessoais que não têm base na realidade. Segredos explosivos, tensões quase cinematográficas entre cardeais e até ameaças físicas são invenções criadas para intensificar a narrativa e prender a atenção do público.
Por que “Conclave” cativou o público?
A combinação de elementos reais e fictícios em “Conclave” cria uma experiência cinematográfica envolvente. O filme oferece uma visão única dos bastidores do Vaticano, misturando história e drama de forma habilidosa. Esta abordagem não apenas entretém, mas também educa o público sobre um dos processos mais secretos e intrigantes da Igreja Católica.
Além disso, o sucesso do filme pode ser atribuído à sua capacidade de humanizar os cardeais, mostrando suas falhas e conflitos internos. Isso ressoa com o público, que vê nos personagens reflexos de dilemas e desafios universais.
Em suma, “Conclave” é uma obra que, ao misturar realidade e ficção, consegue capturar a imaginação do público, oferecendo uma visão fascinante do processo de eleição papal, ao mesmo tempo em que destaca as complexidades humanas presentes em qualquer instituição.
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