Mergulhadores entram em tumba alagada e encontram reino esquecido do Nilo
Tumba do rei Nastasen ficou submersa perto do Nilo e preservou câmaras intocadas
Uma pirâmide escondida debaixo d’água, mergulhos no escuro total e um rei quase esquecido da história africana: a tumba inundada de Nastasen, no Sudão, parece roteiro de filme, mas é cenário real de uma das explorações arqueológicas mais extremas do vale do Nilo.
O que existe dentro da pirâmide inundada do rei Nastasen?
A pirâmide do rei Nastasen, governante kushita do século IV a.C., ficou parcialmente submersa por milênios perto do Nilo, preservando câmaras funerárias que quase ninguém tinha visto desde a Antiguidade.
Debaixo da água, essas salas formam um labirinto alagado onde o tempo ficou parado, guardando pistas de um reino africano que um dia chegou a mandar no Egito faraônico.

Como funcionam os mergulhos extremos nessa tumba alagada?
Para entrar na pirâmide, mergulhadores e arqueólogos enfrentam água turva, passagens estreitas e estruturas fragilizadas, em uma rotina que mistura ciência e operação de risco.
Com câmeras subaquáticas, luzes potentes e sensores, a equipe segue um caminho calculado centímetro a centímetro, sempre monitorando o teto da pirâmide, que pode desabar em alguns pontos.
Quais segredos do reino Kushita foram revelados?
A pirâmide inundada funciona como um arquivo histórico da 25ª Dinastia, quando os reis kushitas governaram o Egito e misturaram símbolos núbios com toda a pompa faraônica.
Entre inscrições e objetos resgatados, aparecem pistas de rituais funerários diferentes dos egípcios clássicos, além de referências ao deus Amon e à forma como o poder se espalhava pelo vale do Nilo. A equipe usa tecnologia de ponta:
- Câmeras de alta resolução para mapear as paredes e o teto cobertos por lodo
- Iluminação subaquática que revela detalhes de inscrições invisíveis a olho nu
- Sistemas de medição que ajudam a calcular profundidade, pressão e estabilidade da estrutura
- Protocolos de comunicação entre quem está na água e quem acompanha da superfície
Quer ver a expedição real? Assista mergulho na pirâmide alagada abaixo:
Por que a tumba de Nastasen muda a forma de ver a história?
Cada fragmento analisado na pirâmide ajuda a conectar o Sudão atual ao antigo reino de Kush, mostrando que o centro de poder africano não estava apenas no Egito que aparece nos livros escolares.
O documentário “Flooded Tombs of the Nile”, da National Geographic, acompanha essa expedição e mostra como essa tumba alagada coloca holofote em reinos núbios muitas vezes ignorados, convidando quem se interessa por história a ir atrás de mais descobertas sobre o Nilo e suas antigas civilizações.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)