Médica explica diagnóstico de Silvia Abravanel
Conheça os sintomas, fatores de risco e tratamento da embolia pulmonar, condição que requer atenção imediata.

A embolia pulmonar é uma condição que desperta atenção tanto no meio médico quanto entre a população em geral, especialmente após casos de figuras públicas como Silvia Abravanel. Em 2017, a apresentadora foi diagnosticada com esse quadro, trazendo à tona discussões sobre sintomas, riscos e tratamentos disponíveis. A embolia pulmonar pode ser silenciosa, mas exige cuidados imediatos para evitar complicações mais sérias.
Caracterizada pela obstrução de uma artéria pulmonar, geralmente causada por um coágulo sanguíneo, essa condição pode afetar pessoas de diferentes idades e perfis. O bloqueio dificulta a passagem do sangue nos pulmões, prejudicando a oxigenação do organismo e podendo sobrecarregar o coração. O reconhecimento rápido dos sinais é fundamental para o sucesso do tratamento e para a recuperação do paciente.
A entrevista foi dada pela médica Alina Lamaita, para o portal CARAS.
O que é embolia pulmonar e como ela se desenvolve?
A embolia pulmonar ocorre quando um trombo, normalmente formado nas veias profundas das pernas ou da pelve, se desprende e viaja pela corrente sanguínea até alcançar os pulmões. Ao chegar lá, esse coágulo pode bloquear uma ou mais artérias pulmonares, interrompendo o fluxo sanguíneo. Esse processo pode desencadear sintomas variados, como falta de ar súbita, dor no peito, tosse e, em casos mais graves, desmaios ou colapso cardiovascular.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da embolia pulmonar estão:
- Imobilidade prolongada, como em viagens longas ou internações hospitalares
- Cirurgias recentes, especialmente ortopédicas ou abdominais
- Histórico de trombose venosa profunda
- Uso de anticoncepcionais hormonais ou terapia de reposição hormonal
- Tabagismo e obesidade
- Condições genéticas que favorecem a coagulação do sangue
Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico da embolia pulmonar?
Os sintomas da embolia pulmonar podem variar de acordo com o tamanho e a localização do coágulo. Em muitos casos, a manifestação clínica é súbita e intensa, o que exige atenção imediata. Os sinais mais comuns incluem:
- Falta de ar repentina, que pode piorar com o esforço físico
- Dor torácica, geralmente de forte intensidade e que se agrava ao respirar fundo
- Tosse, que pode vir acompanhada de sangue
- Palpitações e sensação de desmaio
- Inchaço nas pernas, especialmente se houver trombose venosa profunda associada
O diagnóstico da embolia pulmonar envolve a avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem. Os principais métodos utilizados são:
- Tomografia computadorizada de tórax com contraste
- Angiografia pulmonar
- Exames de sangue, como o dímero D
- Ultrassonografia das pernas para identificar trombose venosa profunda
Como é feito o tratamento e quais são as perspectivas de recuperação?
O tratamento da embolia pulmonar visa desobstruir a artéria afetada e prevenir a formação de novos coágulos. Em geral, a abordagem inicial inclui o uso de anticoagulantes, que impedem o crescimento do trombo e reduzem o risco de recorrência. Em situações mais graves, pode ser necessário recorrer a trombolíticos, medicamentos que dissolvem o coágulo rapidamente, ou até mesmo procedimentos cirúrgicos para remoção do trombo.
A recuperação depende da gravidade do quadro e da rapidez com que o tratamento é iniciado. Com diagnóstico precoce e manejo adequado, a maioria dos pacientes apresenta boa evolução. O acompanhamento médico é fundamental para monitorar possíveis complicações e ajustar a terapia conforme necessário. Em alguns casos, reabilitação pulmonar pode ser indicada para melhorar a recuperação respiratória, especialmente em pacientes que desenvolveram complicações.
Qual é a incidência da embolia pulmonar no Brasil atualmente?
No Brasil, a embolia pulmonar representa uma causa significativa de internações hospitalares. Dados recentes apontam que mais de 150 mil casos são registrados anualmente no país. O Sistema Único de Saúde (SUS) monitora de perto essas ocorrências, buscando estratégias para reduzir a mortalidade associada à condição. No cenário global, a Organização Mundial da Saúde observa uma tendência de queda nas taxas de óbito por embolia pulmonar, reflexo do avanço nos métodos de diagnóstico e tratamento. Além disso, sociedades médicas como a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Sociedade Europeia de Cardiologia frequentemente promovem campanhas de conscientização, orientação e atualização para profissionais e população em geral.
Casos como o de Silvia Abravanel contribuem para ampliar o conhecimento sobre a embolia pulmonar e reforçam a importância da atenção aos sinais do corpo. A informação e o acesso rápido ao atendimento médico são essenciais para garantir melhores resultados e preservar a saúde dos pacientes.
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