O Santa Cruz vai entrar na justiça para ter o direito de participar da Série D do Campeonato Brasileiro, alegando inconsistências nos critérios técnicos adotados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Segundo o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, Álvaro Maia, a inclusão na Série D do Democrata de Sete Lagoas, que foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, contradiz o que está previsto na Lei Geral do Esporte.

De acordo com o artigo 193 desta lei, a participação em competições nacionais deve ser determinada por critérios técnicos baseados em desempenhos anteriores.

Ou seja, para um clube ser elegível a subir para uma divisão nacional, sua classificação deve ter sido conquistada em campo, na temporada anterior.

Santinha pode recorrer ao STJD

Diante do impasse, o Santa Cruz apresentou um requerimento à CBF solicitando a reanálise dos critérios usados para a classificação dos clubes na Série D.

Álvaro Maia destacou que, além desse pedido, o clube está disposto a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), caso não haja uma resposta satisfatória da entidade até a próxima quarta-feira, 27.

O presidente do executivo do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, expressou otimismo quanto ao sucesso desse recurso jurídico, reiterando que o clube busca fazer valer seus direitos.

Mudanças no departamento de futebol

Enquanto a questão jurídica segue em aberto, o departamento de futebol do Santa Cruz já enfrenta mudanças significativas após a eliminação no Campeonato Pernambucano.

Destaques da equipe, como o volante Lucas Siqueira e o meia Caio Mello, além do técnico Itamar Schulle e o executivo Francisco Sales, não fazem mais parte do clube.

Curiosamente, Schulle e Sales tiveram seus contratos com o Santa Cruz renovados até 2025, mas foram emprestados ao Retrô, clube que disputará a Série D.