Peritos confirmam DNA de Daniel Alves em vítima
Apesar de terem encontrado DNA de Daniel Alves na mulher que o acusa de estupro, eles destacaram a ausência de ferimentos físicos nela
Os médicos forenses que examinaram a vítima do suposto estupro, afirmaram, durante o julgamento do ex-jogador, que o DNA encontrado é compatível com o de Daniel Alves. No entanto, eles também destacaram a ausência de ferimentos físicos que seriam compatíveis com a narrativa da jovem.
Segundo a Folha de S. Paulo, durante o depoimento dos especialistas, foi mencionado que a suposta vítima relatou tapas e agarrões no pescoço, mas nenhum ferimento desse tipo foi encontrado em seu corpo.
Um dos médicos forenses ressaltou que é incomum não encontrar nenhum sinal de trauma quando a pessoa relata uma relação sexual dolorosa.
Falta de ferimentos não pode determinar estupro
Outro ponto levantado pelos peritos é a falta de lesões vaginais na jovem. Eles enfatizaram que a presença ou ausência de lesões não pode determinar se houve violência ou consentimento. No entanto, destacaram que em relações sexuais não consensuais é mais comum encontrar lesões do que em relações consensuais.
Uma psicóloga forense também prestou depoimento e afirmou que os sintomas apresentados pela jovem estão alinhados com um quadro pós-traumático.
Ela ressaltou que a vítima demonstrou sentimentos de culpa, nervosismo ao ouvir português, falta de vontade de pensar em questões relacionadas ao trabalho e estado de hipervigilância.
O que diz Daniel Alves?
Ao longo do processo, desde a acusação até a prisão, Daniel Alves apresentou diferentes versões dos fatos.
O ex-jogador nega veementemente a acusação de agressão sexual, afirmando que a relação foi consensual e que ele estava embriagado na ocasião. A defesa também contou com os depoimentos de testemunhas, como os dois amigos do jogador e sua esposa, a modelo espanhola Joana Sanz, que confirmaram o estado de embriaguez do atleta.
Em caso de condenação, a intenção da defesa é buscar atenuantes para a pena de Alves, que pode chegar a até 12 anos de prisão, pena máxima para o crime sexual. O Ministério Público espanhol pede uma pena de 9 anos de prisão para o jogador.
Julgamento de Daniel Alves
Durante os dois primeiros dias do julgamento, foram ouvidas 28 testemunhas, incluindo a mulher que acusa o jogador, amigos que estavam com ele na noite em questão e funcionários da boate onde o suposto crime teria ocorrido.
O crime de estupro na Espanha tem pena máxima de 12 anos, sem considerar agravantes. A acusação pede a condenação de Alves, enquanto a defesa busca sua absolvição. Há também a possibilidade de atenuantes reduzirem a pena pela metade. A defesa do jogador depositou €150 mil na Justiça como reparação de dano causado, que será revertido para a jovem se ele for condenado.
A defesa de Daniel Alves argumenta que seu estado de embriaguez pode ser um atenuante, baseado em artigos do Código Penal espanhol. Porém, essa estratégia levanta questionamentos sobre a versão do jogador sobre os eventos daquela noite, já que ele já apresentou diferentes relatos sobre o ocorrido.
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