Lucas Di Grassi comenta quanto custa para virar piloto
Descubra como Lucas Di Grassi se tornou um piloto profissional, enfrentando um árduo investimento de 10 milhões de euros.
A cidade de São Paulo celebra a segunda etapa da Fórmula E. As competições, que começam nesta sexta-feira(15) e continuarão até sábado(16), trazem o piloto brasileiro Lucas Di Grassi como um dos principais nomes na modalidade. Di Grassi deu uma perspectiva sobre o árduo processo para se tornar um piloto profissional.
De acordo com o paulista, são necessários, no mínimo, 10 milhões de euros (cerca de R$ 54 milhões) para formar um piloto profissional, seja para Fórmula E ou Fórmula 1. Segundo ele, “São 10 anos de kart, mais dois anos de Fórmula 4, dois anos de Fórmula 3, dois anos de Fórmula 2… Vai dar, por baixo, uns 10 milhões de euros”, conta.
O Retorno sobre o investimento no automobilismo
Lucas Di Grassi explica que, além do investimento vultuoso, é quase impossível obtenção de retorno financeiro no automobilismo. Ganhar dinheiro com a modalidade, segundo ele, é “extremamente difícil”. Para o brasileiro Di Grassi, é uma luta custear todas as despesas desembolsadas e ainda conseguir lucrar com o automobilismo.
Grande benfeitor de uma bolsa da Renault no início de sua carreira, o piloto ressalta que as marcas atualmente já não investem tanto nesse tipo de projeto. De acordo com Di Grassi “o automobilismo, em geral, tem ficado menos relevante para a indústria com o passar do tempo.”
Relação entre automobilismo e venda de veículos se perdeu
O piloto relembra que havia uma forte relação entre os sucessos de corridas e as vendas de automóveis: “Na época, tinha até uma frase famosa: “Win on Sunday, sell on Monday”. Você ganha a corrida no domingo e vende o carro na segunda.” Todavia, essa relação, ao longo dos anos, ficou mais tênue, resultando na redução dos investimentos das montadoras e ocasionando o corte dos projetos de formação de pilotos.
Di Grassi lamenta a falta de apoio financeiro, principalmente para pilotos brasileiros para competir na Fórmula 1: “Fica ainda mais difícil se for brasileiro, tem que sair do Brasil, gastar em dólares”, concluiu di Grassi.
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