O Botafogo divulgou os valores do seu balanço financeiro de 2023 e revelou que o dono da SAF do clube, John Textor, fez um empréstimo no valor de R$ 333 milhões junto à XP Investimentos.

Contudo, esse dinheiro não foi para os cofres do Glorioso, sendo destinado em sua maior parte para o acionista majoritário, ou seja, para o próprio John Textor.

John Textor faz grande empréstimo na XP Investimentos

O montante adquirido junto à XP Investimentos reflete uma das maiores transações financeiras do clube no ano passado.

Do total, uma fração expressiva foi direcionada a John Textor e ao Molenbeek, outro clube de propriedade de Textor situado na Bélgica.

Essa movimentação financeira se desdobra em múltiplos empréstimos que totalizam R$ 369,9 milhões para o Botafogo em 2023.

Um panorama da dívida e destino do dinheiro

No detalhamento dos empréstimos, observamos que, além da XP, outras entidades como Money Plus e Daycoval contribuíram para os financiamentos do clube.

Com R$ 20 milhões provenientes da Money Plus e aproximadamente R$ 17 milhões do Daycoval, a dívida totalizada mostra um quadro de compromissos financeiros elevados, que gera preocupações.

Além da curiosidade sobre a origem dos recursos, surge a interrogação sobre o destino dos mesmos.

Uma grande porção do empréstimo foi destinada diretamente às contas de John Textor, totalizando R$ 295,7 milhões, enquanto o Molenbeek recebeu R$ 43,9 milhões.

Esses valores são justificados pelo clube como parte de um acordo de giro financeiro destinado a equilibrar as contas da SAF.

Como o Botafogo justifica movimentação financeira de John Textor

De acordo com o balanço, essas operações visam “fornecer suporte ao capital de giro da empresa”.

Em teoria, tal manobra asseguraria a capacidade do clube de manter sua operacionalidade e cumprir com suas obrigações financeiras.

Este argumento é reforçado pelo compromisso de retorno financeiro assumido por Textor, mitigando os riscos à SAF do Botafogo.

• Total de empréstimos: R$ 369,9 milhões
• XP Investimentos: Maior credora com R$ 333 milhões
• Money Plus e Daycoval: Contribuíram com cerca de R$ 37 milhões
• Uso dos recursos: Maior parte para Textor e para o Molenbeek
• Riscos financeiros: Assumidos majoritariamente por John Textor

Embora o arranjo tenha sido estruturado para segurança financeira do clube, as cifras exorbitantes e os riscos associados não deixam de levantar questionamentos entre especialistas e torcedores.

A janela de pagamento desses empréstimos já começou a impactar a administração do Botafogo, com vozes críticas apontando para a necessidade de uma gestão ainda mais cautelosa e transparente.

Visualizando o futuro do Botafogo

O desfecho dessas transações financeiras será crucial para determinar o sucesso a longo prazo da gestão de SAF sob John Textor.

Com prazos de pagamento que se estendem até julho deste ano, a direção do Botafogo está sob o olhar atento de seus apoiadores e críticos.

A habilidade do clube em navegar essas águas turbulentas financeiras determinará não só a saúde econômica do clube, mas também a confiança do torcedor no modelo de gestão adotado.