Dorival Júnior foi oficialmente apresentado como o novo técnico da seleção brasileira de futebol nesta quinta-feira, 11. O evento ocorreu na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na cidade do Rio de Janeiro, e contou com a presença do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

O aguardado encontro entre jornalistas e o treinador brasileiro trouxe à tona o assunto Neymar. O atacante do Al-Hilal está se recuperando de uma lesão no joelho esquerdo e ficará fora do início do trabalho de Dorival.

“A seleção brasileira precisa aprender a jogar sem o Neymar, já que ele está lesionado. No entanto, devemos reconhecer que temos um dos três melhores jogadores do mundo“, declarou Dorival durante a entrevista coletiva.

Quando Neymar retornar aos campos, ele reencontrará o treinador após 14 anos. Em 2010, os dois trabalharam juntos no Santos. Naquela ocasião, Dorival acabou sendo demitido após uma discussão com o craque durante uma partida contra o Atlético-GO pelo Campeonato Brasileiro.

Questionado sobre o assunto, Dorival assegurou que tudo ficou no passado.

“Não tenho nenhum problema com Neymar. A proporção que aquela situação tomou foi além do que esperávamos, desnecessariamente. Logo após a partida, já estávamos conversando. A diretoria do Santos tomou uma posição, eu respeitei e foi só isso. No futebol, as coisas mudam rapidamente. O céu e o inferno estão sempre a um passo de distância.”

A jornada de Dorival até a Seleção

Aos 61 anos, Dorival Júnior assume a seleção brasileira após uma trajetória marcada por importantes passagens em diversos clubes do país. Nascido em Araraquara, interior de São Paulo, Dorival começou sua carreira no futebol como volante, ganhando destaque em clubes como Grêmio e Palmeiras.

Como treinador, comandou times como Ferroviária, Figueirense, Fortaleza, Avaí, Juventude, Criciúma, Sport, São Caetano, Cruzeiro, Coritiba, Vasco, Santos, Atlético-MG, Internacional, Flamengo, Palmeiras, Fluminense, Athletico, Ceará e São Paulo. Ao longo de sua carreira como técnico, acumulou um título da Copa Libertadores e três da Copa do Brasil, além de um da Série B.

A volta de Ednaldo Rodrigues ao comando da CBF

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF no mês passado, após invalidar a eleição que o tornou presidente.

A 21ª Vara de Direito Privado julgou a legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre CBF e Ministério Público do Rio de Janeiro em março de 2022, que resultou na eleição de Ednaldo para presidente da entidade por um mandato de quatro anos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes permitiu a volta de Ednaldo ao cargo ao atender a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A interferência do ministro causou controvérsia.

Em agosto, Ednaldo assinou um contrato de parceria entre a CBF e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). O IDP foi fundado por Gilmar. Seu filho Francisco Mendes é um dos sócios.