CBF deu calote?
Empresa cobra R$ 287 mil por serviços alegadamente prestados, enquanto CBF nega débito e questiona valores
A Mooh!Tech, empresa de tecnologia, alega ter levado um calote de R$ 287,2 mil da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por serviços prestados em 2022 que não foram remunerados, informou reportagem da Folha de S. Paulo.
Contratada em agosto de 2021, em meio à pandemia de Covid, a Mooh!Tech foi responsável por implementar um protocolo sanitário em jogos de futebol. A empresa é proprietária do Chronus, um aplicativo utilizado em grandes eventos que serve como passe digital, registrando informações sobre vacinação e resultados de testes de Covid.
Os serviços do Chronus foram utilizados em jogos da seleção masculina nas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar e em torneios da seleção feminina.
Acordo sem sucesso
Segundo a empresa, de um total de sete notas fiscais emitidas, a CBF pagou apenas cinco, deixando dois pagamentos pendentes. Esses valores incluem R$ 95 mil referentes ao serviço prestado na partida entre Brasil e Chile, no Maracanã, última partida das Eliminatórias da Copa de 2022.
O valor restante, segundo a Mooh!Tech, é relativo ao suporte técnico oferecido durante o período de vigência do contrato.
Everton Cruz, CEO da Mooh!Tech, relatou ao jornal paulistano que tentou resolver a questão de forma administrativa, sem sucesso. Ele afirma que mudanças nos cargos durante a gestão de Ednaldo Rodrigues dificultaram a resolução do problema, já que muitos dos funcionários envolvidos no contrato deixaram a entidade.
O que diz a CBF
A CBF, por sua vez, emitiu uma nota afirmando que, embora tenha mantido uma relação contratual com a Mooh!Tech para o desenvolvimento e uso de um aplicativo de controle do passaporte de vacinação dos torcedores, a empresa não prestou o serviço para a partida entre Brasil e Chile, em março de 2022.
A entidade também questionou os valores cobrados pela empresa, destacando que a Mooh!Tech apresentou faturas que variavam entre R$ 17,4 mil e R$ 53,4 mil por serviços semelhantes em outras partidas.
Everton Cruz explicou que o valor cobrado por partida depende do número de torcedores que utilizaram o aplicativo. Ele apresentou à Folha um relatório de monitoramento da vacinação para a partida em questão, que incluiu 69.368 pessoas, detalhando o tipo de vacina e a quantidade de doses recebidas por cada indivíduo.
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